Bar

A idiota da Brayce desmaiou mesmo ao nosso lado enquanto as dores aumentavam mais e mais. Descontrolei-me, gritando-me e encostando-me ao balcão, sentindo uma espécie de contracções. Tentei respirar com um certo ritmo, mas não resultava. Continuei a ter contracções, não sabendo exactamente o que estáva a acontecer, que parecia um conto de bruxas.

Ouvi sirenes de ambulâncias que me fez lembrar as da policia e nunca me senti mais aliviado. Ajudei Amanda a entrar enquanto os outros metiam Brayce numa maca.
As pessoas cochichavam e eu estava a passar-me.
-Ponham a música! A verdadeira festa acabou - voltei a gritar e entrei na ambulância sentando-me num canto.

No caminho as contracções acalmaram com umas seringas que eles me tinham dado.
-Axl? - tentei perguntar, baixinho e levantando a cabeça devagar.

-Sim? O que foi? - Perguntei-lhe inclinando-me para ela. Ouvi um bip da maquina que seguia o coração de Brayc e olhei-a vendo-a acordar. Arrepiei-me com aquilo até que a maquina deixou de fazer o bip para fazer um ruido super irritante. Os homens pegaram em pás e mandaram-nos afastar-nos, como se fosse possivel tentarndo reanima-la.

Saí do hotel onde me encontrava até encontrar uma casa decente e fui até a um bar que ficava ao lado.
Quando cheguei, dirigi-me ao balcão e pedi um cerveja fresca, apesar do frio que estava lá fora. Antes de vir para Londres tinha procurado alguém que quisesse dividir casa comigo e era hoje que a ia, a ele ou a ela, conhecer. Esperei que alguém aparecesse...

Assim que cheguei a Londres fui até ao hotel onde iria ficar, antes de ir viver paa a casa que tinha encontrado por sorte e que iria dividir com outra pessoa. Deixei as malas no hotel e saí para a rua, andei durante um bocado até que acabei por entrar num bar. Dirigi-me ao balcão e sentei-me num banco ao lado de um rapaz, era o único lugar vazio ali ao pé do balcão. Pedi uma coca-cola e olhei em volta no bar. Parecia ter bom ambiente.

Vi entrar uma rapariga que me chamou bastante a atenção. Era daquelas que eu gostava, loira, magra, olhos claros, uma delícia... Ri-me dos meus próprios pensamentos e fixei o meu olhar nela. Pedi ao barman que lhe servisse uma bebida, a que ela quisesse e que dissesse que eu tinha pago. Vi ele dirigir-se a ela e falar-lhe e decidi aproximar-me.
- Escusas de agradecer. - sorri quando já estava sentado perto dela.

Vi o barman vir até mim dizendo-me para escolher uma bebida que um rapaz a pagava. Fiquei a olhar para ele confusa mas lá acabei por aceitar a bebida. De repente o tal rapaz aproximou-se de mim. Olhei quando ele falou... era giro. - Obrigada. - disse na mesma dando um gole na bebida.

- Não costumo ver raparigas como tu... - olhei-a de cima a baixo com um sorriso perverso - em bares a estas horas... - levei a cerveja à boca dando mais um gole.
Paguei a conta.
- És de Londres? - questionei-a.

- Humm que tem as raparigas como eu? - perguntei fitando-o e vendo a maneira como ele olhava para mim. - Não. Acabei de chegar cá. - disse. - E tu?

- Isto não é sítio para vocês. - referi-me ao mau ambiente daquilo... - Eu cheguei há uns dias. Estou num hotel enquanto não encontro a pessoa que vai partilhar casa comigo para escolhermos uma.

- Não acho isso... - disse encolhendo os ombros. Olhei para ele quando disse aquilo. - Humm... eu também... - arqueei as sobrancelhas. Será que era ele a pessoa com quem eu tinha falado? Não. Não podia.

- Espera... - ergui as sobrancelhas - Pediste casa no site da universidade e responderam-te a dizer que tinha uma na bond street e que podiam partilhar? - não podia ser ela.

Oh meu deus, era mesmo. - Sim...sim é isso. - disse confusa. - És tu a pessoa com quem eu vou viver?

- Parece que sim. - dei-lhe um sorriso malandro.
Ela não parecia muito contente com aquilo.
- Vamos dar-nos muito bem. - pisquei-lhe o olho.

- Pois... parece mesmo que sim. - esbocei um pequeno sorriso. Era mesmo estranho aquilo, logo a primeira pessoa que tinha encontrado ali em Londres só por acaso era a pessoa com quem ia viver. - Como sabes que nos vamos dar bem? - questionei. - Ainda nem nos conhecemos.

Ri-me com a pergunta dela.
- Eu dou-me bem com toda a gente pequenina. - mexi no cabelo.
Na realidade, eu queria dizer que me dou bem com raparigas, mais especificamente.

- Humm ainda bem. - disse sorrindo. - Espero mesmo que nos dêmos bem. - acrescentei. - Ah sou a Caitlin. - disse estendendo-lhe a mão. - E tu? Acho que convém sabermos o nome um do outro. - sorri

- Prazer Caitlin, eu sou o Riley. - apertei-lhe a mão. - Isso convém mesmo. - sorri. - Estás no hotel da Bondon Street?

- Mas também se por acaso isso não acontecer... sempre posso mudar de casa. - sorri-lhe e pisquei o olho. - Sim estou. Não me vais dizer que tu também estás pois não?

- Acho que isso não vai ser necessário... - sorri. - Por acaso até vou... - ri-me da cara dela. - Tu persegues-me rapariga!
Já ia haver festa hoje!

- Humm vamos ver. - sorri e encolhi os ombros. - Eu? Tu é que me persegues. - disse. - Se calhar tenho é de começar a pensar em fugir. - ri-me.

- Eu? Que eu saiba quem chegou aqui primeiro fui eu. - pisquei-lhe o olho. - Conheces-me há cinco minutos e já pensas em fugir comigo? - dei uma bela gargalhada.

- Isso é apenas um promenor. - disse. - Fugir contigo? - dei uma gargalhada. - Diz antes fugir de ti... -disse dando enfase à palavra.