Starbucks Coffee

Entrei no café com a bebé ao colo de mãos dadas com Steven e sentei-me.
-Ok, isto é estranho. - murmurei baixinho enquanto os empregados mandavam fora os outros chatos.

Suspirei, encostando-me totalmente à cadeira.
- A quem o dizes...
Após algum tempo um empregado veio perguntarmos o que queríamos; pedi para mim e aguardei que Sophie pedisse. Acrescentei o pedido de uma garrafa de água.

Pedi um batido de morango e suspirei.
-Então, o que é suposto fazermos a seguir? - perguntei

Encolhi os ombros.
- Sinceramente, não sei. Não sou rapaz de namoros.

Quando a comida chegou agradeci e dei um gole no batido.
-A sério? Ia jurar que eras exactamente o contrário. - ri-me, embora estivesse a falar bem a sério.

Encolhi os ombros.
- Não gosto da pressão que vocês, raparigas, nos fazem, por vezes...
Vi uma rapariga passar e mordi levemente o lábio.
- Gosto de puder olhar sem ter uma galinha à perna.

Fiz uma careta e abanei a cabeça, mexendo no batido com a palhinha.
-Nem todas são assim! - defendi-me

Abri a garrafa de água e virei um pouco no copo, colocando em frente a Sophia que começou a brincar com o conteúdo líquido do copo.
- Pois; mas vocês são demasiado complicadas.

Olhei para Sophia com cara de má e ela parou. Se alguém visse aquilo era o fim.
-E vocês não são? disse , desta vez com um tom de voz mais normal

- Alguns de nós, sim.
Bebi um pouco do meu copo, suspirando.

Ergui o sobrolho.
-Alguns?! - aumentei o meu tom de voz e ri-me

Assenti.
- Sim. Os comprometidos...
Remexi um pouco o copo.
- A maioria dos ''solteiros e livres'' são: a) fáceis de compreender; b) super complicados porque são difíceis de conquistar.

Coloquei a minha cabeça em cima dos meus braços, ficando com a parte superior totalmente suportada pelos cotovelos.
-E tu és qual? - provoquei

Ri-me.
- Agora parece que estou comprometido, lembras-te?

Levantei-me e vesti o casaco.
-Ah pois é, ia-me esquecendo. - ri-me e dei-lhe a mão

Levantei-me, colocando Sophia às cavalitas; a pequena agarrou-se ao meu pescoço enquanto deixava o dinheiro em cima da mesa.
- Vamos?

Assenti e puxei-o.
-Anda daí. - aquilo podia ser só uma espécie de teatro mas fazia-me sentir feliz.

- Ainda vou ganhar um Óscar. - brinquei, antes de sairmos.
Dirigimo-nos para o carro e entramos, colocando Sophia na cadeirinha.

Levei-a para o starbucks porque foi o café que me apareceu à frente e eu não parecia conhecer muito daquilo. As pessoas olhavam-me, eu olhava para elas e sentia-me estranho. Pedi para nós os dois uma coisa qualquer e sentámos-nos na esplanada. Fiquei o mais perto possível dela e fiquei a olha-la.
-Mais calma? - Perguntei.

-Sim, obrigada - disse enquanto encostava a minha cabeça ao seu ombro e suspirava. Peguei na bebida com calma dando um golo nela. - se te vieram pedir um autografo ou tirar uma fotografia, dá. - murmurei ao seu ouvido para ninguém ouvir.
Ela é mais bonita ao vivo do que nas revistas! Ficam tão bem juntos! - murmurava um bando de raparigas a passar. -Eu papava-a toda - disse o rapaz fazendo uma das raparigas dar-lhe um chapada na cabeça. Ai quando eu tinha a idade deles, era tudo tão diferente.

Olhei para o rapaz que devia ter uns quinze dezasseis anos, que estava a olhar para Mad de um modo que não estava a gostar nada.
-Sim, mas em vez disso quem papa sou eu - sorri desviando o olhar e abanando a cabeça.

Soltei uma gargalhada e olhei para o Thomas- Thomas!- olhei para ele - olha as velhinhas - murmurei ao seu ouvido, enquanto observava as velhas a olharem para nós com olhos arregalados.

Comecei a rir-me que nem um parvo ao vê-las e olhei de novo para o grupo de amigos. As raparigas olhavam para nós com os olhos a brilhar e o gajo tinha-se calado e estava amuado a um canto. A minha expressão mudou por completo quando vi aquele cabelo louro e olhos verdes e aquele sinal gigante. Apertei a minha mão estalando os dedos e deu-me uma vontade enorme de lhe partir a boca.

Mal o vi levantei-me rapidamente e puxei o Thomas para o outro lado da rua, senti as minhas pernas a não terem mais força caindo assim num banco que lá havia. - Vamos embora, por favor, por favor.- disse enquanto puxava o Thomas para mim.

Continuei a olhar para ele e depois olhei para ela.
-Isto não pode ficar assim Mad - disse-lhe - eu não me lembro do que ele te fiz, mas tu estás assim e eu só de ver enjoo. Fica aqui - sem tempo para que ela reagisse atravessei de novo a estrada e fui até onde o gajo estava atirando-me para ele e despejando-lhe uns poucos de murros. Ele tinha caído da cadeira e sido apanhado desprevenido.
-Isto é por te teres metido com a minha namorada - gritei-lhe. - Gostas. Am? - nem sequer liguei ao facto de pessoas estarem à minha volta e levantei-me indo de volta para o lado de Madeleine. - Vamos embora.