Hospital

Suspirei tocando-lhe levemente na barriga como se lhe conseguisse tirar as dores.
-Não sejas assim, ela convidou-nos e vão estar lá os meus irmãos - suspirei. - Se não a provocares, ela não te ataque. Aposto que o Bryan lhe disse o mesmo. Vai correr tudo bem. - prometi esperando estar com razão - para além disso ela é medica, se te sentires mal ela tem que te tratar.

Pousei as mãos junto ao meu corpo e suspirei, revirando os olhos.
-Recuso-me a ser tratada pela mesma pessoa que me chamou aqueles nomes todos - contrapus. Esperava ter um Natal perfeito desde SEMPRE e agora aparecia aquela vaca para estragar tudo, claro tinha de ser. Há sempre alguma coisa para estragar a minha vida.

-Amanda eu vou passar o Natal com o meu irmão e não te vou deixar sozinha em casa, por isso vens comigo ou passas uma noite no hospital a ver pessoas com doenças horríveis a morrer - resmunguei cruzando os braços - pronto, o Bryan, o meu duplo cura-te num instante ele tem umas mãos fenomenais - revirei os olhos.

-Sim, aposto que tu ias gostar muito de ver o teu irmão a mexer-me na barriga - gozei e soltei uma gargalhada cínica - Por muito que prefira ver crianças a morrer do que ir passar o natal com a Brayce, não te deixo ir sózinho - resmunguei. A rapariga com os dois McDonell juntos podia ser uma pequena bomba, e ai dela, ai dela que se atrevesse a tocar no meu axl fofo. Quer dizer, eu não lhe estou a chamar puta nem nada mas... vá, tecnicamente estou...

Revirei os olhos com os seus ciúmes e levantei-me indo falar com o médico e pedindo-lhe a alta. Ele fez com que ela assinasse e agora era só ela sair.
-Ela não me ia fazer nada, até porque o Bryan é demasiado ciúmento. - Disse-lhe passado algum tempo ajudando-a a sair da cama.

Vesti-me com a ajuda dele sem nada dizer, tentando controlar-me apesar de por dentro estar a explodir. Quando já estava vestida agarrei na mala e fui até à porta, agradecendo aos médicos.
-Só faço isto por ti... - resmunguei baixinho quando já estavamos no corredor a caminho da saída.

Sorri agarrando-lhe no braço e ajudando-a a caminhar.
-Eu sei, eu sou um querido - sorri enquanto saíamos da porta do hospital e eu a punha no carro. - vamos já para lá? - Perguntei.

Sentei-me no carro e assenti com a cabeça sem nada dizer. Apertei o cinto. Vá amanda, só tens de fingir que vocês são best friends forever ou lá como é que é e dá-te bem com ela. mesmo que seja só a fingir, não te passes. isto é importante para Axl... e também para ti. Vá Amanda, tu consegues... era o que eu pensava durante o caminho enquanto me mentalizava que ia passar o meu primeiro natal com a cabra que quase arruinou tudo entre mim e o axl.

Sinceramente já não sabia o que fazer, ela pedia-me o espaço dela e eu repeitava porque por alguma razão eu também pederia o meu, mas mesmo assim, ela estava tão estranha e em baixo últimamente que tinha medo que estivesse doente e não em dissesse. Vesti a bata enquanto Morrison me sorria. Ai a sério este gajo parecia-me um gay, sempre aos sorrisinhos para cima de mim e a dizer que era meu fã, como se eu fizesse alguma coisa que outro não faz. Revirei os olhos e ele encolheu os ombros indo embora. Suspirei saindo da sala e indo buscar documentos de pacientes recentes. Hoje apetecia-me fazer alguma coisa diferente, pedi para não me chamarem para as urgências havia mais médicos. Olhei para as fichas de uns e peguei numa que me chamou a atenção porque a rapariga se chamava Brayce. Involuntáriamente, as minhas sobrancelhas juntaram-se fazendo-me olhar o papel com atenção e vi...
Levantei-me da cadeira deixando os documentos todos espalhados e fui ter com a médica da obstreticia. Vi se ela estava com algum paciente e como não estava entrei directamente no consultório em que ela estava, aterefada e sentei-me à frente dela.
-Sim Doutor Bryan, quer fazer-me um filho? - Perguntou não me olhando e depois riu-se como se tivesse piada. Não me ri nem sorri, olhando-a simplesmente. Ela apercebeu-se do meu silêncio e ficou mais séria olhando-me. - Diz. - pediu com uma postura mais séria.
-A Brayce... - comecei e engoli em seco - Ela está grávida?
-Estava - fez uma careta - Tu não sabias? - Abanei a cabeça completamente em choque e levantei-me - Obrigado. - agredeci saindo e deixando-a completamente a falar sozinha. Fui para as escadarias do hospital. Pelas horas ela ainda não devia ter chegado e ali era o único sitio em que eu podia ter acerteza que ela passava.

Virei a cara quando ela me foi beijar e levantei-me mostrando-lhe os papeís.
-Era isto que andavas a magicar nestes últimos dias? - Perguntei com uma expressão dura mas que não deixava transparecer nenhum sentimento.

-Porque é que não me podia contar? - Perguntei batendo com o punho no corrimão de ferro das escadas e baixando o tom de voz quando percebi que havia pacientes e visitantes a vir e a entrar. - Eu pensava que nos ajudavamos mutuamente. - disse desiludido.

Fiquei a olha-la. Numa coisa ela tinha razão, eu ia reagir assim, mas pelo menos saberia e se ela pensava que me perdia por causa disso... Respirei fundo pesamente e peguei no meu pager.
-Bip Bip - fingi - tenho uma emergência - disse num tom seco pegando nas folhas que ela tinha na mão e subindo.

Virei-me para ela no meio das escadas.
-E tu não sabes o que é ter uma pessoa que te ama mas que não confia em ti - disse apontando para ela com os papéis e voltando para a sala ignorando as pessoas que passavam por mim e me olhavam.

Fiquei a trabalhar até tarde, tinha procurado um caso dificil para resolver e eu adorava estes casos, agora ainda mais, que queria manter a cabeça ocupada. Será que ela não percebia que ao ter feito o que fez foi como se não confiasse em mim? Está bem, eu não queria aquele bebé, nem aquele nem nenhum, mas nunca a obrigaria a abortar, se ela queria assim tanto falava comigo e eu aceitava as decisões dela.
-Vai para casa, já acabou o teu turno à horas Bryan - queixou-se o médico que me vinha substituir. Abanei a cabeça.
-Só mais um bocado. - disse e fiquei lá mais uma hora a pesquisar sobre a doença da senhora. Era uma da manhã quando cheguei a casa e tinha esperanças que ela já estivesse a dormir.

Depois de deixar os miudos na carrinha fui directamente para o hospital indo vestir a minha bata. Meti as mãos nos bolsos da mesma indo buscar as minhas coisas e passei praticamente duas horas a fazer tudo e a preparar tudo para os gajos irritantes que me conseguiam dificultar a vida. Levantei-me pegando no dossier e saí da sala que era apenas para nós. Andei sempre com a cabeça erguida para ver se encontrava Brayce por aí. Virei à esquerda vendo-a rodeada de internos e olhei par ao seu rabo mordendo o lábio. Até de bata ela era sexy. Parecia que não era o único, um dos seus internos estava um bocado distraído a olhar para o mesmo sítio que eu e vi a mão a subir até a apalpar. Arregalei os olhos e fui na direcção onde eles estavam, coloquei o dossier em cima de uma mesa qualquer fazendo um barulho muito estranho e olhei par ao gajo que quando me viu ficou até mais pálido.

Agarrei-lhe pela bata para trás quando Brayce o expulsou e praticamente o arrastei dali para fora.
-Quando eu tirar esta bata -disse ameaçadoramente ao ouvido dele - vais comer pó. - Levei-o até à rua e lancei-o para lá fechando a porta e voltando a ir buscar as minhas coisas. Voltei a ir ter com Brayce e puxei-a dando-lhe um beijo rápido.
-Eu aposto que aquele gajo volta - reclamei. com um suspiro..

-Hm - beijei-lhe o pescoço e olhei para os internos todos a cuscar. Credo, eu era assim? - Tenho que lhes dizer melhor que és uma doutora sexy e completamente comprometida? - Perguntei perto dos lábios dela. - Posso dar um beijinho, ouvi dizer que ninguém vai usar o dormitório lá de cima hoje. - mordi-lhe o lábio e massajei o rabo dela.