Hospital

-Não Mad - disse sério e deitando-me ao pé dela enquanto a abraçava. Estava cansado, não dormia desde o sucedido. Estava curioso sobre quem era aquele idiota mas não lhe ia perguntar novamente. - vais estar aqui até te mandarem embora - sorri dando-lhe carícias pela sua face suave.

A cama ainda era algo grande, cheguei-me para lá para ele se deitar ao meu lado. Levantei-me rapidamente e fui fechar a porta á chave, em meros segundos já estava nos braços dele outra vez. -OHHH eu queria ir embora.

-Não queres nada - resmunguei - se vais ficar bem, quero ter certezas que podes sair sem problemas - disse preocupado e depositei-lhe um beijo longo pelos lábios - porque é que foste fechar a porta? Posso saber? - Perguntei sorrindo contra os seus lábios.

-Podes.Não quero que nos incomodem.-disse sorrindo. Dei-lhe novamente outro beijo e rocei o meu nariz no dele, sorri para ele mais um vez atacando os seus lábios de seguida.

Sorri enquanto a beijava e coloquei-a ao meu colo de frente para mim.
-Precisas de ser vista, os médicos precisam de te analisar - ri-me afastando as nossas bocas. Sorri não resistindo e voltando a beija-la aproximando-a muito ao meu peito e passando as minhas mãos pelas suas costas como se de massagens se tratassem.

Arrepiei-me mal senti a sua mão nas minhas costas, a sensação de o ter lá era incrível...sentia-me bem. Encostei a minha cabeça ao seu peito, e desapertei um dos botões da sua camisa dando-lhe beijos suaves lá, subi e beijei-lhe o pescoço passando novamente para os lábios onde tentei não os largar.

-És um perigo - acusei enquanto ele me despia e eu lhe fazia o mesmo passando as minhas mãos pelo seu corpo que felizmente já me era conhecido. - Dos bons - ri-me agarrado na sua face e beijando-a com tudo o que tinha. - E dos perigos que eu amo. - admiti dando-lhe mais um beijo e olhando-a.

Soltei uma gargalhada - eu também te amo - voltei a atacar os seus lábios mas desta vez puxei-o para cima de mim a uma velocidade lenta apreciando cada detalhe da sua cara. Puxei-o para mim novamente beijando-o.

-Ainda bem que o sentimento é reciproco - disse em tom de brincadeira, apesar de ser verdade. Beijei os seus lábios e de seguida o seu pescoço sentindo a arrepiar-se. Tirei as calças que tinha vestido com cuidado e devagar enquanto beijava o seu corpo.

Tirei a minha roupa devagar, ficando somente de roupa interior. Olhei-o nos olhos por micro segundos e voltei a agarrar-me aos seus lábios sem me conseguir despegar.

Olhei-o.
- Nāo estive muito longe...-gargalhei.
Olhei pelo vidro para o exterior e vi que já tínhamos chegado ao hospital. Jake estacionou e ambos saímos, entrando no edifício. Dirigi-me ao balcāo, juntamente com Jake, onde uma enfermeira nos pediu para que esperássemos um pouco, que já nos viriam chamar. Assim fizemos, sentámo-nos nuns bancos que lá haviam e esperámos que nos chamassem.

Mordi o lábio levemente e olhei-a.
- Isto é um bocado estranho... - admiti.

Olhei-o um pouco confusa.
- Isto o quê? - questionei.

Olhei-a.
- Hmm... Estares grávida... de um filho meu. - disse pausadamente. - E eu estar aqui. - suspirei. - Odeio hospitais!

Baixei o olhar quando as suas palavras ecoaram por toda a minha cabeça.
- Estás arrependido? - murmurei, fitando os meus pés.- Se o estiveres e quiseres ir embora, eu compreendo... - declarei.
Eu já me arrependera anteriormente, porque nunca me passou pela cabeça ser mãe tão jovem, mas quando percebi o que sentia por Jake todo esse arrependimento se evaporou...

Abanei a cabeça.
- Não, mas não deixa de ser estranho.
O nome de Chloe soou na sala.

Voltei a erguer o olhar, não dando tanta parte fraca.
- Eu sei, por vezes também o sinto...-declarei.
Passados alguns instantes o meu nome ecoou por toda a sala. Levantei-me rapidamente e fui ter com a enfermeira que nos conduziu até à porta da pequena salinha onde pela primeira vez iria ver o meu bebé.
- É o pai da criança? - perguntou-me, apontando para Jake.
Assenti com a cabeça sorrindo. A enfermeira bateu à porta e quando a voz da média se fez ouvir, abriu-a fazendo-nos sinal para entrar. Olhei para Jake, esboçando um sorriso e depois entrei cumprimentando a médica. Fez-nos alguma perguntas, tanto a mim como a Jake e rapidamente chegámos ao tão esperado momento. Despi a minha t-shirt e deitei-me sobre a cama que estava ao lado da pequena máquina. Arrepiei-me quando senti o frio do gel que estava a ser espalhado pela minha barriga.
- O vosso bebé...-sorriu, apontando para o pequeno ecrã. Segui o seu dedo e sem conseguir explicar o que sentia dei por a mim a sorrir, ao ver pela primeira vez o meu filho. Sentia-me em completo êxtase.

Fiquei a olhar a imagem preta com partes cinzas e brancas.
Apesar de não conseguir distinguir nada no meio de tanta escuridão de cores, fiquei a olhar sem conseguir desviar a atenção daquele médio ecrã.

Olhei de relance para Jake e sorri ao ver que olhava fixamente para o ecrã.
- Tenho a dizer-vos que está tudo bem com o bebé, tem tratado muito bem dele...-sorriu-me, enquanto desligava a máquina e me dava um lenço para limpar a barriga, assim o fiz. Arranjei a t-shirt e sorri-lhe. A médica marcou a próxima consulta e entregou a Jake um pequeno envelope com as fotos do nosso filho.- Esperemos que saia ao pai...-sorriu-lhe. Gargalhei secamente, mas não dando importância. Despedimo-nos da doutora e saímos do consultório.

Olhei para a mulher com o sobrolho erguido.
- Eu também. - acabei por dizer momentos depois.
Saímos do consultório e depois do grande edificio, levando-me a tossir.
- Argh! Hospitais!

Ri-me da expressão de Jake.
Quando saímos do grande edifício agarrei na sua mão e cheguei-me para si.
- Então não sei como vai ser quando o teu filho nascer...-gargalhei. Beijei as costas da sua mão e olhei-o. - Vamos passear...-pedinchei.

Olhei-a.
- O que tem? - perguntei, confuso.
Abri o carro.
- Está bem, vamos.

Apertei o seu nariz.
- Como não gostas de estar no hospital, não sei como vai ser quando o teu filho nascer tontinho...- declarei.
Entrei no carro e coloquei o cinto.
- Ainda me deves uma visita guiada por Londres óh guia de meia tigela...-brinquei.

- Habituar-me-ei.
Liguei o carro.
- Vamos aos poucos...

(responde onde quiseres)

Passado 4 dias.


Acabei de arrumar a mala que tinha trazido de casa e coloquei-a em cima da mesa olhando para a média que dava os papéis a Mad para ela poder sair. Nem queria pensar no tumulto que ai estaria, ainda por cima aquele acordo que o pai dela e o meu tinham feito tinham causado boa impressão para nós os dois e agora aparecia-mos em tudo o que era televisão. Eu não percebia, eu não era o meu pai, eu ainda só tinha feito um filme e mal o fiz despedacei-me todo. Ah pois! eles não sabiam dessa parte, que ironia.
Virei-me para Mad e dei-lhe um beijo agarrando na mala. Prepará-mo-nos para sair mas antes de o fazermos eu virei-me para ela.
-Eu não queria que isto acontecesse. - não lhe dei tempo para responder e abri a porta do hospital fazendo que alguns flashes, uns escondidos outros não, caíssem sobre nós.