Discoteca

Acabei de atender as raparigas que foram para a pista dançar e reparei que ela estava de costas a olhar a pista. Aproximei-me devagar e falei ao seu ouvido para conseguir ser ouvido.
- Porque não vais dançar ? - perguntei.

Olhei por cima do ombro, quase embatendo com a minha cara na dele; ri-me nervosamente.
- Porque não gosto de dançar sozinha. E ainda por cima, não gosto que aqueles bêbados se venham esfregar em mim. - revirei os olhos com um sorriso.
- Tu é que podias vir dançar comigo quando acabasse o teu turno... - sugeri, mexendo as sobrancelhas e sorrindo.

Virou-se de repente e ficamos a centímetros de distância sentindo assim o seu hálito fresco junto ao meu nariz.
- Claro mas olha que não sou grande dançarino - fiz uma careta e ri-me - e vais ficar a apanhar seca enquanto o turno não acaba. Podes dançar se quiseres, se houver problemas eu vou até à pista e resolvo-os.

Encolhi os ombros e pisquei-lhe o olho:
- Vale a pena esperar por um menino bonito! - ri-me.
Debrucei-me sobre o balcão novamente:
- Vá, toca a trabalhar... - gozei.

- A menina manda - ri-me e dei-lhe um beijo na bochecha - Por uma menina linda como tu vou-me despachar. - voltei ao serviço e comecei a limpar a zona da bancada ao mesmo tempo que atendia os clientes, de vez em quando ia dando uma olhadela a Ash que movimentava a cabeça ao ritmo da música. Finalmente o meu turno chegou ao fim e eu aproximei-me de novo dela. - Já estou despachado - disse, dando a volta ao balcão.

Tinha pagado enquanto Derek trabalhava e, quando acabou o seu turno e rodeou o balcão até mim, puxei-o pela mão para a pista.
- Vá, mostra-me do que és capaz... - ri-me.

- Ash não me faças isto - disse enquanto ela me puxava para a pista de dança - eu já disse que não tenho jeito - disse, aproximando-me do seu ouvido. Ai Derek vais fazer figura de urso, pensei.

Gargalhei:
- Aqueles não sabem e estão a tentar fazê-lo. Vá, toca a mexer...
Rodei quase batendo-lhe com o cabelo na cara e sorri-lhe.

- Sabes que isso não se faz - aproximei-me dela e vagarosamente pus a minha mão sobre a sua cintura. Comecei-me a abanar ao som da música, na verdade aquele não era o meu estilo favorito mas pronto.

Sorri-lhe:
- Como raio consegues engatar as miúdas se parecias um morto? - gozei ao sentir as suas mãos sobre a minha cintura e vê-lo movimentar-se.

- Charme natural querida - pisquei-lhe o olho e ri-me, puxando-a mais para mim - tal como tu. - sorri perversamente. Sentia os olhares dos rapazes cravados nelas mas temos pena, ela está comigo.

Ri-me e dei-lhe um murrinho no peito.
Oh meu Deus... E que sítio o escolhido!
Senti-o puxar-me para si e sussurrar ''tal como tu'' e revirei os olhos ao ver o seu sorriso perverso.
- A Ash é uma rapariga assim. É mesmo charme natural, como dizes...
Reparei que olhavam para mim e vi-o continuar com o sorriso.
- Tenho alguma coisa nas costas a dizer ''olha para mim e aprecia-me.'' ? - perguntei.

Deu-me uma leve pancada no peito, vá chamemos-lhe murro e eu levei a mão ao peito fazendo-me de "coitadinho"
- Aleijaste-me - fiz carinha de cachorrinho abandonado - dá beijinho - disse e ri-me. - Talvez tenhas mas não me interessa, tu estás comigo - aproximei-a ainda mais, colando assim os nossos corpos.

Ri-me:
- E onde é que o menino quer o beijinho?
Arqueei uma sobrancelha:
- Daqui a pouco estás a tentar comer-me e eu a dar-te com os pés! - gozei.

- Onde a menina quiser dar - sorri perversamente - Autch - levei a mão ao peito - essa doeu. Eras capaz ? - perguntei, arqueando a sobrancelha. Ai que ela ia dar-me mesmo com os pés e eu aqui a dançar todo coise com ela.

Vi Ashley entrar e dirigiu-se ao balcão onde ficou por algum tempo, e depois segui para a pista de dança.
Continuei a brincar com a minha palhinha, dentro do corpo, enquanto bebia pequenos goles, e o gelo iam ficando sem líquido para gelar.

Dei-lhe um beijo na bochecha e sorri:
- Sim, era mesmo. Mas tu não estás a ser bruto, por isso tolero.

- Eu nunca seria capaz de ser bruto para uma rapariga mesmo que ela merecesse - disse seriamente. Não tolerava que fizessem mal a uma rapariga. Senti os seus lábios sobre a minha bochecha e sorri - Ainda bem que toleras - beijei docemente a sua testa.

Vi Derek a entrar, mas como estáva entretido com uma miúda não queria servir de vela, por isso não fui beber a bebida especial. Já começava a estár cansada, por isso sentei-me ao balcão, pedindo outro whisky. Sorri a Ariana, não queria parecer indelicada como os meus pensamentos o eram.

Ri-me e abracei-o quando ouvi uma música mais lenta começar a tocar. Não era propriamente um slow, mas também não era hip hop.
- Tu és boa pessoa. - sorri-lhe.

Abraçou-me e eu pousei a minha cabeça na sua e sorri às suas palavras.
- Foi assim que me ensinaram e eu pretendo continuar assim mesmo que achem uma piroseira - ri-me e beijei a sua cabeça.

Sorri-lhe: - Ainda bem, então...
Olhei-o:
- Queres ir a algum sítio? É que não me apetece muito estar aqui. - admiti.

E finalmente cheguei! Depois de uma longa e quase infinita (exageroo) viagem de avião, finalmente cheguei...
Depois de deixar as coisas em casa e de trocar de roupa decidi vir até à discoteca. O ambiente estava agradável, a pista estava cheia e a música que preenchia todo aquele espaço era bastante animada, o que me fez balançar o corpo ao som da mesma. Fui até ao balcão e pedi a minha bevida, vodka preta com limão. Peguei no meu copo e fui sentar-me numa das mesas que se encontrava livre. Dei um gole na minha bebida e quando ia olhar para a pista de dança o meu olhar cruzou-se com o de uma rapariga loira, que aparentava ser dona de uma beleza extrema, que estava sentada numa mesa mesmo à frente da minha.

- Sabes sou novo por estes lados, não conheço muito bem estas zonas - cocei a nuca embaraçado - podias ser a minha guia, que achas ? - sorri esperançosamente.

Sorri-lhe:
- Claro que posso. Vais começar a conhecer a miúda britânica! - ri-me.
Saimos da discoteca e começamos a caminhar pelas ruas de Londres.
- Por onde queres começar?