Quarto de Dylan

- Deixa lá. - respondi apenas e dei por mim a aconchegar-me imediamente no seu colo, mal ele me puxou contra si - Eu também fui parva, mas estava só a brincar. - desculpei-me e dei-lhe também a ele, um beijinho na cara.
Comecei a fitar os seus olhos, sem conseguir desviar o olhar e... a campainha tocou.

Sorri mal a interrupção foi feita, o momento estava a ser congestrangedor. -Venho já. -sorri saindo do quarto com a carteira nas mãos. Cumprimentei o carteiro com um aperto de mãos e ele deu-me as pizzas, paguei-as e depois fui andando para cima para o meu quarto novamente. Bati com o cotovelo na porta porque as mãos tavam ocupadas com as pizzas e as bebidas. - Summer, abre-me a porta por favor.-pedi com gentileza.

Ele saiu do quarto e eu consultei o meu relógio. Não era muito tarde até.
Deixei-me estar quieta até o ouvir pedir-me para abrir a porta, algo que fiz quase automaticamente. Sinceramente, não sabia muito bem o que fazer naquele momento, por isso, limitei-me a continuar calada.

Entreguei a sua pizza a ela e depois fitei-a de forma estranha. Perdi completamente a fome. - comentei com ela soltando uma gargalhada. Mandei-me para a cama e abri a lata de coca-cola dando-lhe a sua bebida para ela, bebi um pouco e depois pousei-a na pequena mesa. Sentei-me frente a frente com ela fitando-a tentando decorar cadra traço do seu rosto.

- Eu raramente tenho fome, por isso. - encolhi os ombros, para lhe sorrir de seguida.
Aceitei a lata que me estendeu e depois comecei a agita-la nervosamente, quando ele começou a olhar para mim frente a frente. Não percebia o porquê de ele o estar a fazer e isso deixava-me envergonhada, por isso, precisava de algo para me distrair e não estar totalmente concentrada na vergonha.
Acabei por abrir a lata e mal o fiz, a espuma e cola começaram a sair com um baque surdo. Comecei-me a rir, para depois tentar parar ao ver que estava em cima da cama dele:
- Ai desculpa... - parei e comprimi os lábios um contra o outro para evitar outra gargalhada. Ele podia não achar piada nenhuma por ser a cama dele que neste momento se encontrava molhada - Ohh desculpa a sério.

Senti o seu sumo no meu corpo, olhei para ela soltando uma gargalhada. Pousei a sua lata no chão e deitei-a na cama ficando por cima dela - Agora,só por causa disso, vou dormir na tua cama contigo em tronco nu. -sussurrei ao seu ouvido mordendo-lhe o lobulo da orelha de forma sexy, mal me sentei gargalhei .

Ele deitou-se em cima de mim o que me fez começar a rir imenso. Se ele soubesse.
- Estás a dizer-me que vou dormir no sofá hoje? - perguntei, fazendo beicinho, mas depois apercebi-me do que ele dissera - Mas tu não vais querer dormir comigo, eu empurro-te abaixo da cama a dormir. Sou um perigo. - avisei com uma gargalhada.

Passei a mão dela pelos meus musculos abdonimais e pelos meus braços. - Isto e forte nao me empurras, alias eu vou dormir bem agarradinho a ti. Mas não te habitues, é a primeira e a última vez - soltei uma gargalhada. -És bonita , rapariga. -sorri de forma sincera enquanto observava cada traço do rosto dela.

- Não estava a pensa habituar-me. - fiz uma careta, mas depois lembrei-me que tinha de mencionar a sua estatura que ele queria que eu referisse e, provavelmente, elogiasse - Oh se eu estivesse de olhos fechados, achava que tinha tocado em Royal. - piquei e comecei a rir-me, para ele perceber que estava a gozar com ele - Hm... obrigada. Tu também. - disse, sem saber muito bem o que pronunciar naquele momento.

-Ohh, que pena! Pensei que ia ter alguem como tu na minha cama todos os dias - passei as minhas mãos sobre as suas curvas sorrindo. - AH-AH-AH, que engraçadinha - revirei os olhos enquanto me ria de forma sarcástica.
Levantei-me rapidamente da cama - Queres ir dar uma volta? - perguntei fitando-a .

- Isso era fantástico, não era? - ironizei e mexi-me levemente.
Vi-o levantar-se e repeti o seu gesto, de seguida.
- Hm, eu estou cansada, preferia ficar por cá. Desculpa. - pedi, sentindo-me totalmente desmancha prazeres - Mas óbvio que podes ir se quiseres... Eu vou andando para o meu quarto ou assim. - voltei a sorrir-lhe como a pedir desculpas, mas a verdade é que estava cansada e não me apetecia andar muito.

- Era - sorri de forma sarcástica.
-Ah...estou a ver, queres que vá dormir contigo...pois, sim. Vamos.- Coloquei as minhas mãos na sua cintura e puxei-a para mim fitando-a.

- Sempre podes dormir no sofá ou então eu. Não tenho medo do escuro. - gozei e estiquei levemente os braços, enquanto me ria - E vais estar sempre a puxar-me para mim e começar a olhar para os meus olhos? Estás a tentar seduzir-me, é? - voltei a troçar e quando saí da beira dele, desequilibrei-me e tive que me agarrar a ele para repôr o equilíbrio - que não tinha.

Não mas tu não vais dispensar a minha companhia - pisquei-lhe o olho- Não, mas e se tivesse...havia problema? - Agarrei nela para que ela não caisse e fitei-a - Vês? Se não fosse eu estavas caida no chão - sussurrei ao seu ouvido enquanto uma mão minha passava nas suas costas.

- És sempre assim tão modesto? - gozei ignorando o ar provocante que ele me dirigia naquele momento. Deixei de morder o meu lábio inferior e depois voltei a olhar para ele - Sim podia haver, podias seduzir-me e partir-me o coração. E depois eu tinha que te estragar o carro por me teres estragado o coração - respirei fundo ao sentir as suas mãos nas minhas costas - Eu gosto muito do chão, daí estar sempre para cair e ir ter com ele.

-Sou, mas para ti tento ser ainda mais- gargalhei. Ela mordeu o seu lábio o que me fez sorrir. - Oh meu deus, afasta-me de ti...nao quero que partas o meu amor. - gargalhei e mal ela disse que gostava do chão deixei-a cair...mas antes de ela bater no chão segurei-a novamente, aproximei a minha cara dele e senti a sua respiração. Afastei-me bruscamente, e olhei para ela ainda nos meus braços.

- Sim sim, já tinha percebido isso, nem precisavas de o ter dito. - ironizei, para logo depois lhe revirar os olhos - Tem cuidado comigo. Mas não te preocupes não me apaixono nem acredito no amor. O teu carro está descansado. - mal se aproximou de mim, afastei-me inconscientemente, antes que ficasse tudo demasiado constrangedor - Deixa-me entrar primeiro no quarto para eu ir vestir o pijama só. - consegui pronunciar e logo depois saí do quarto para ele não me tentar impedir.

-Acho muito bem - Soltei uma gargalhada.-Oh..mas olha, despois avisa que eu não sou bruxo... - mal ela saiu sentei-me na cama e suspirei.
Vesti os meus calções de treino e uma t-shirt larga e deitei-me no chão fitando a luz do tecto.

Fui para a minha cama e dormir um pouco, acordei eram 4 da manhã, fui ao quarto dela e peguei nela , enquanto dormia de forma pesada deitei-a ana minha cama e coloquei-a abraçada a mim fingindo que ya tenho sono e nao tenho ideias.

(a ana nao tinha ideias por causa do sono e a maria ta parva de todo, por isso, vim daqui asneira, so para avisar xD)

De repente, acordei sem saber bem porquê e logo de seguida tentei mexer-me: queria ver que horas eram. Contudo, foi quando comecei a tomar consciência que reparei que estava a ser 'cercada' por dois braços, que me prendiam contra si. Abri a boca, mas depressa senti o próprio grito estrangular-se na minha garganta e a força a perder-se. Comecei a tentar respirar - e se estivesse a ser assaltada ou violada ou sabe-se lá o que for? - e, quando consegui fazer a primeira respiração completa, o meu coração começou a bombear mais depressa e foi aí que soltei o maior grito da minha vida... toda, que praticamente me dilacerou a garganta. Contudo, não era altura para sentir dores e consegui sair dos braços, quando comecei a espernear e a dar pontapés, acabando por cair abaixo da cama, ainda aos berros histéricos.
Agarrei o candeeiro, puxando-o com tanta força que depressa caiu ao chão e ouvi-o partir-se. Gemi de dor quando passei por cima dos cacos e procurei desesperadamente outra coisa, sem contudo a encontrar: OMG, eu não estava no meu quarto.
Acabei por ir encontrar uma superfície sólida e dura e tacteei, acabando por encontrar um interruptor em vez da porta que pretendia; mas, foi aí que me apercebi do que tinha feito e da minha figurinha toda. O Dylan estava a olhar para mim com uma cara entre chocado e assustado e... divertido (?), na cama e depois via os cacos do candeeiro e todos os pertences que estavam em cima da mesinha de cabeceira no chão.
Que vergonha, que vergonha,... por favor, Summer, por favor!
- Ai desculpa, eu simplesmente não estava habituada a isto e depois... - parei subitamente ao aperceber-me que estava no quarto dele e quando algo me atingiu, olhei imediatamente para mim que me encontrava de pijama *ponto positivo: suspiro aliviado* e para o quarto novamente, sentindo-me corar AINDA MAIS - Espera, eu e tu na cama, eu no teu quarto, hm... Tu e eu, não, por acaso, não... hm... coisámos, pois não?! - verbo coisar. A sério, Summer faz um favor ao Mundo, cava um buraco e desaparece.

Acordei com coisas a partir-se e gritos histéricos, sorri de forma maliciosa e deixei-me estar a assistir com um sorriso gozão na minha cara, mas quando me apercebi que estava realmente aflita abracei-a puxando-a para mim- Ei, têm calma só sou eu.- ela desculpou-se-Não há problema - sorri vendo-a a corar de forma violenta. - Eu não acredito que não te lembres - baixei o olhar fazendo uma cara triste durante algum tempo e depois soltei uma gargalhada. - Summer, tu enfiaste-te de noite na minha cama e...-olhei para ela de forma séria tentando não me desmanchar a rir.- Eu deixei, e fica sabendo que nunca me ia aproveitar disso para COISAR contigo. - dei ênfase á ultima palavra, embora um sorriso parvo esteja delineado no meus lábios. - Tu adoras destruir o meu quarto, primeiro entornas-me sumo na cama, depois partes-mo candeeiro...começo a ficar com medo de ti. - larguei-a dos meus braços para ver o pé dela ensanguentado. - Senta-te na cama Summer, anda tratar desse pé.Fui ao meu armário e tirei de lá o estojo de primeiros socorros.-Posso?-perguntei pegando no seu pé com a minha mão e colocando-me com as pernas fletidas para lhe tratar da ferida.
Olhei-a nos olhos por um bocadinho e antes de lhe tratar do pé sentei-me na cama com ela e puxei-a para mim – Estás bem Summer? –perguntei vendo no seu olhar que ainda estava assustado. –Já passou. – disse-lhe afagando-lhe os cabelos, afastei-a de mim, wtf Dylan que fuck é que estás a fazer, sem saber do atos inconscientes que tinha feito a ela.
Voltei a minha atenção para o seu pé começando-lhe a tratar com um certo cuidado para não a magoar, sempre que colocava álcool, ou betadine no seu pé olhava para ela para ver se não a estava a magoar. Acabei de tratar-lhe o pé finalizando-a com um penso de dinossauros, o que me fez rir.

Quando ele começou a falar, comecei por me sentir meia assustada até me acalmar.
Depois, ele abraçou-me e deixou-se estar até recuar: encolhi os ombros ligeiramente, sem perceber, mas com a dor que sentia nem me consegui preocupar.
Ele começou a tratar-me do pé e eu limitei-me a tentar estabilizar a minha respiração e não gemer de dor: aquela porra doía-me mesmo para caraças, maldita a hora em que tinha feito aquela figurinha.
- Obrigada. - disse no fim sem saber muito bem o que dizer e porque, só de me lembrar da vergonha, sentia um nó no estômago e as faces a corarem novamente.

Olha...estás melhor do teu pé?-perguntei preocupado enquanto me sentava ao lado dela. Fitei o chão por momentos e suspirei. - Estás a corar - afirmei sorrindo- é isso que provoco em ti?-aproximei-me mais da cara dela em tom de provocação. Já podia sentir a sua respiração junto á minha, afastei-me com um sorriso gozão na minha cara e toquei-lhe , de forma inconsciente na sua mão. Foi como se uma corrente elétrica percorresse o meu corpo, abanei a cabeça ligeiramente e sorri para ela. - Estou com fome, vamos comer?-perguntei sorrindo. Encostei-a á porta do meu quarto colocando um braço em cada lado dela aproximando-me imenso dela, dei-lhe um beijo na sua testa - És mesmo baixinha. - gozei com ela sabendo que ela tinha a estatura perfeita. Coloquei as minhas mãos na sua cintura e desviei-a da porta para passar -Anda lá--gargalhei.

- Eu não coro. - protestei, apesar de saber que estava sem dúvida corada.
Ele voltou a tocar na minha mão e eu sorri-lhe, sem perceber bem o que se tinha passado com ele para ter um sorrisinho esboçado na cara - Ainda deve haver pizza. - soltei uma gargalhada estúpida - Eu sou normal. - protestei e cruzei as mãos à frente do peito.
Saí do quarto, ainda com os braços cruzados e dirigi-me à sala.