St. Jame's Park - central park

Ri-me com a pergunta do Kit e encolhi os ombros - Os que tu quiseres. - dei-lhe um beijinho na testa e sorri - Quantos bebés é que queres? Depois tens de me ajudar a tomar conta deles, não te esqueças. - olhei para o Jason para que não se afastasse muito de nós nas correrias dele e voltei-me para o Kit - Eles não costumam fazer mal.

Ri-me quando ela fez o mesmo e assenti com a cabeça - Quero uns três - disse sendo bastante moderado - eu não sou como a minha mãe - olhei para as nossas mãos, levantando o olhar para os dela - quando eu tiver filhos eles vão ser a minha vida, não vai importar mais nada - disse baixinho mordendo o lábio.
-Sim, quando não têm fome eles não fazem mal - arrepiei-me todo.

Sorri com o que o Kit disse e assenti com a cabeça - Três. - repeti e encostei-me melhor a ele - Com sorte temos uns gémeos também. - ri-me com a ideia e arregalei os olhos - Não sei como é que iamos tomar conta de dois ao mesmo tempo. - mordi o interior da bochecha quando o vi todo arrepiado e beijei-lhe a bochecha - Queres ir embora?

Mordi o lábio com um sorriso quando falou em gémeos e levantei uma sobrancelha ficando a pensar - pensando bem podem ser quatro, para um não ficar sozinho coitado - brinquei rindo-me. Levantei o olhar para o seu e abanei a cabeça quando ouvi o meu irmão a rir - não, eu prefiro ouvir o meu irmão a rir a ir embora por causa do meu medo estúpido.

Assenti com a cabeça e ri-me com o que o Kit disse - Então vão ser quatro. - encostei a cabeça ao ombro dele e dei-lhe um beijinho no pescoço - Com sorte e os genes, temos dois pares de gémeos. - mordisquei-lhe o pescoço e dei outro beijo no mesmo, sorrindo contra a sua pele - Ficamos mais um bocadinho e depois vamos. - olhei para o Jason e sorri.

-Espero ter sorte com os genes - beijei-lhe a testa encostando a cabeça à sua e fechei os olhos por uns segundos, tentando esquecer que estavam esquilos por ali, onde estavamos nem havia muitos, porque não havia arvores nem nada, mesmo assim ainda se viam. Era um medo estúpido e eu sabia-o, eu tentava não ficar assim mas era impossível. Os meus pensamentos foram interrompidos quando senti o meu telemóvel vibrar, mordi o lábio olhando-a - esqueci-me que hoje à noite tinha que sair, mas posso adiar para estar contigo - disse logo endireitando-me, sim vou adiar.

Afastei-me ligeiramente do Kit quando senti o telemóvel dele a vibrar e abanei a cabeça quando disse que ia cancelar o que tinha para fazer à noite para estar comigo - É alguma coisa importante? - perguntei - Se for não precisas de cancelar. Mas se não for, acho que devias. Não tens de ficar comigo, tens de ficar em casa a recuperar.

Abanei a cabeça assim que ela fez o mesmo e continuei a fazê-lo quando perguntou se era importante - não é mais importante que tu, de certeza - disse encostando a cabeça ao seu ombro e dei-lhe uma festinha na mão - fico contigo, digo que estou doente - disse, não era mentira, ela ia compreender. Olhei para o meu irmão que vinha a correr na nossa direcção, todo sorridente.

Arranje um espacinho para o Jason quando o vi a correr até ao sitio onde nós estávamos e voltei a olhar para o Kit, assentindo com a cabeça - Podes ficar comigo mas vais descansar para ficares recuperado num instante. - semicerrei-lhe os olhos e estiquei-me para o Kit com cuidado por causa do Jason até lhe dar um beijinho nos lábios.

Sorri quando me deu autorização para ficar com ela, se bem que eu não precisava, porque já ia passar com ela de qualquer das maneiras e de uma festinha no cabelo do meu irmão que ficou a olhar-nos quando demos um beijinho.
-Podemos ir para casa? Os meus desenhos animados estão quase a começar.

Olhei para o Jason quando perguntou se podiamos ir para casa por causa dos bonecos dele e ri-me, assentindo com a cabeça - Sim, vamos andando para o Kit se enfiar na cama de novo. - levantei-me do banco do jardim e estiquei a mão para eles, para que se levantassem também - Não sejam preguiçosos.

Ri-me levantando-me quando Serena nos deu as mãos aos dois e beijei a que me tinha dado a mim. - Eu posso enfiar-me no sofá contigo? - perguntei mais baixo por causa do meu irmão - no sala das visitas, com a lareira acesa, com mantas e comida - fiz um sorriso enquanto a olhava - assim é que eu ficava como novo - brinquei rindo-me.

Encostei-me ao Kit e ri-me com a pergunta dele, assentindo com a cabeça - Podes, mas tens mesmo de ficar sossegadinho e quentinho para ficares bom. - olhei para o Jason que continuava todo sorridente aos pulinhos por causa dos esquilos e olhei-o - Temos de nos despachar ou não vês os bonecos.

-Está bem, eu fico mamã - resmunguei com um sorriso e apertei-lhe ligeiramente a mão enquanto andava, levando-a de encontro aos meus lábios até a beijar. Ri-me com Jason que se virou para ela abanando a cabeça.
-Não, isso já não pode ser, vamos correr - disse começando a correr e eu ri-me.
-Apressa o passo ou vamos ter que o aturar todo resmungão - disse começando a ser eu a puxa-la.

Semicerrei os olhos com o que o Kit disse e assim que levou a minha mão aos lábios dele, levantei o dedo do meio mesmo em frente à sua cara. Ri-me quando vi o Jason todo entusiasmado e comecei a andar mais depressa - Eu vou a correr se for preciso. Não quero que percas os desenhos animados. - voltei a rir-me.

Abri a boca para morder o dedo que ela me colocou à frente da cara mas deixei-a cair. - Não vais correr não, que eu não posso - disse enfiando a mão que tinha livre num dos meus bolsos, colocando por cima da cabeça o carapuço que o casaco tinha para ficar mais quentinho - estou doentinho lembraste? - perguntei.
-Estamos a chegar - disse Jason correndo até à porta de casa.

Olhei para o Kit e ri-me, abanando a cabeça - És tão mariquinhas, Kit. - olhei para o Jason quando o vi todo animado e sorri quando percebi que tinhamos chegado a casa deles - Despacha-te para ires ver os desenhos animados. - disse-lhe rindo-me e olhei para o Kit - E tu tens de ir descansar.

Olhei-a com cara de mau quando me chamou de mariquinhas novamente e revirei os olhos - Dói-me o corpo todo não consigo correr - defendi-me e suspirei assim que abri a porta de casa, começando a ir na direcção da sala de estar que eu tinha dito. Atirei-me para cima do sofá agarrando-me às mantas que tinha puxado para mim, olhando para Serena para que viesse deitar-se comigo.

Olhei para o chão e fiz uma careta, é claro que não aquilo não era só esquilos, mas quando estava ali era em tudo o que eu pensava. Neste momento era melhor pensar neles do que no que tinha feito.
-Então Kitty a tua namorada? - eu nem precisava de reconhecer a voz para saber quem era. - Ou melhor, as tuas namoradas? - perguntou-me. Levantei-me com um suspiro cansado e eu tentava, eu juro que tentava, mas sempre que o olhava, só conseguia lembrar-me de tudo o que se tinha passado quando eu ainda era apenas uma criança. Eu tinha sido tão humilhado. Eu podia ter crescido mas ainda continuava com medo.
-Tu estás sempre informado não é? - a única coisa que tinha mudado era que eu estava mais resmungão.
-Eu vi a lindinha da Serena ou da Nikki, ou quem quer que seja a sair de tua casa a chorar, depois a modelo - fez um sorriso. - A festa correu mal?
-Deixa-me em paz. -  abanei a cabeça virando-lhe costas. 
-Eu gostei das gémeas, talvez convide a tua para sair - olhei para trás cerrando o maxilar e comecei a ir na sua direcção. Aquilo ultrapassava todas as marcas. Só assim que o ouvi rir é que voltei a mim - É dela que gostas não é?
-Não lhe toques - disse empurrando-o e saindo daquele sítio o mais rápido possível. Eu era tão cobarde.

Cerrei o maxilar quando senti uma mão no meu ombro e virei-me para ele, cruzando os braços. Ele continuava a ser maior, e eu continuava a acha-lo intimidador, acho que havia coisas que nunca mudavam, mas se ele lhe tocasse com um dedo eu nem sabia o que é que lhe fazia. Eu arranjava maneira de lhe fazer alguma coisa.. não sei, mas ele não lhe podia tocar. Não podia.
-O que é que queres? - perguntei-lhe já irritado.
-Calma Kitty - tocou-me no queixo fazendo-me afastar um passo.
-Onde é que ela vive? - perguntou descaradamente. Cerrei o maxilar para não começar uma luta ali mesmo, porque eu sabia que perdia, para além disso, havia pessoas a passarem de um lado par ao outro. 
-Não digo - foi a única coisa que disse antes de virar costas, para depois ser empurrado e cair no chão com bastante força. 
-Não te preocupes, eu encontro - disse começando a andar para fora do jardim. Fechei os olhos com força e sentei-me no chão passando as mãos pelo cabelo. Eu estava cheio de tanta raiva, tanto de mim como dele, que era capaz de cometer uma loucura.