Vagão Abandonado

Relembrando a primeira mensagem :



só algumas personagens poderão postar aqui, as personagens em questão já foram informadas.

-ESTÁ A CHOVER- gritei rindo-me.

- It´s raining men! Aleluia! - voltei a gargalhar.
A chuva batia-me na cara e comecei a ficar toda molhada. O cabelo ficava colado à pele e as roupas também.
- Temos de nos abrigar isto está a fazer com que a minha felicidade morra! A minha felicidade da bebedeira!

Levantamo-nos e regressamos ao vagão completamente encharcadas. Espirrei. - Estou quente. - soltei uma gargalhada,

Voltámos ao vagão. Desatei a rir.
Senti um vibrar no bolso das calças. Tirei o telemóvel de lá.
- O Ed lembrou-se de mim agora! Vou dizer-lhe para ir dormir!

-Diz a ele para vir ter connosco.-gargalhei e cai no sofá adormecendo por completo

Spoiler:

- Não quero saber dele. Ele não quer saber de mim!
Atirei-me para o chão.

Fiquei extremamente preocupado quando percebi pelas mensagens de Jess que ela não estava no seu estado normal. Dirigi-me rapidamente ao carro e conduzi até Portobello Road, sitio que Jess tinha mencionado numa das mensagens. Chegar lá foi fácil, devido à quantidade de indicações que havia em todas as ruas. O pior foi encontrar o tal vagão onde ela dizia estar. Dirigi às voltas durante um bom bocado até avistar um vagão num canto de uma das ruas por onde já tinha passado pelo menos dez vezes. Revirei os olhos e aparquei o carro assim que o consegui. Saí do carro e caminhei a medo com o que pudesse encontrar.
- Jess?! - quase gritei ao vê-la deitada no chão.

Ouvi-o a chamar por mim. Agarrei-me à Mia.
- Não deixes que ele me leve!
- Como é que soubeste onde eu estava? Ninguém sabe onde é o nosso vagão!

Reparei na garrafa de vodka no chão do velho vagão e suspirei. - Eu sabia... - murmurei praticamente para mim.
- Pois bem, está na hora de voltar para casa Jess. - disse entrando e baixando-me para a pegar ao colo.

- Não! Eu quero ficar com a Mia! Estavamos a cantar e estamos a apanhar chuva! - ele pegou-me ao colo. Comecei a dar-lhe palmadas no peito - Edwin Spark deixa-me!

-Jessica McRieve! Deixa-te de histórias! - disse pegando-lhe nos braços e colocando-os de modo a que ela não os conseguisse mexer. - Estão aqui sozinhas? - perguntei preocupado, não ia deixar a outra rapariga ali.

- Nããão! Está aqui o meu mano que te vai bater! E a Marie e o Tomy!
Ele agarrou-me os braços e por isso dei-lhe uma mordidela no peito.
- Eu não quero ir contigo! Tu não gostas de mim e só gostas de dormir!

Olhei-a confuso. - O teu irmão ralhou-me por te dar uma noite de amor e deixa-te chegar a este estado?! - disse olhando-a da cabeça aos pés.
Ri-me com os disparates dela. - Depois de tomares um banho de água fria nós falamos sobre sentimentos, sim?

Não achava certo ir e deixar Mia ali. Aconcheguei Jess ao meu colo e falei alto.
- Lucas, a tua irmã e a Mia estão podres de bêbadas. Vou levar a Jess para casa, cuidam da outra rapariga? - disse meio preocupado.

Vi o Tom a sair do vagão e a ir ter com a Mia levando-a lá para dentro.
- Xau Mia! - disse-lhe acenando. Ela fez o mesmo.
- Mia!- gritei por ela - Assim você me mata!! - desatámos a rir.
- Obrigado por a levares para casa...
- Lucas vai ter com a Marie! E Ed põe-me no chão! - mas ele não o fez...

Fiquei aliviado assim que os outros vieram ao nosso encontro.
- Não tens que agradecer, espero que isto alivie as más ideias que tens minhas.. - disse e sorri sarcasticamente.
Caminhei em direcção ao carro e coloquei-a no lugar ao lado do condutor. Entrei no carro apenas com a cabeça para lhe por o cinto de segurança como se faz às crianças. Jess contorcia-se. - Podes facilitar Jessica? - disse meio chateado.

- Não! Eu não quero ir! - cruzei os braços junto ao peito amuada.
- És uma seca Edwin! E odeio-te e aos teus sorrisos!

- Mas vens e acabou a conversa! Quem manda sou eu... - disse assim que consegui colocar-lhe o cinto. Fechei a porta e caminhei até ao meu lugar, fechei a minha porta e coloquei o meu cinto.
- Sim amor, sim. - disse e fiz-lhe de novo um sorriso sarcástico.

Ele sentou-se no seu lugar e voltou a sorrir.
- Pará! Estás a irritar-me! E não me chames amor! Vai dormir e chama amor enquanto dormes. - não fazia sentido nenhum... mas o que interessava? Estava feliz!
Liguei o rádio do carro e comecei a cantar a música que estava a dar, enquando dançava no meu assento e tentava tirar o cinto mas ele me impedia.

Já estava na hora de me pirar dali, apercebi-me do meu estado mal acordei cheia de dores de cabeça.Merda.-rosnei e gemi de dor enquanto procurava chegar á minha mala pronta para tirar os comprimidos para a ressaca. Tomei um, mas como a dor era tão forte decidi tomar mais alguns. Bebi água rapidamente e levantei-me saindo de lá para fora sem me despedir de ninguém.
Queria ir dar uma volta...mas agora aonde? Decidi-me levantar sem rumo e começar a andar.

Pedi ao táxi que me deixasse mesmo ali, parecia um bom sítio para arranjar qualquer coisa.
Aproximei-me de um grupo de rapazes que ali estava e perguntei se vendiam alguma coisa. Eles responderam negativamente mas um deles começou a abordar-me, olhando-me com um olhar nojento e cada vez mais próximo de mim.
- Porquê que uma menina linda como tu quer disso? - agarrou-me.
- Larga-me. - disse quando me agarrou no braço. - Já disse para me largares. - a minha mão marcou-lhe a cara e ouvi os amigos dele rirem-se.
Ele passou-se completamente e encostou-me à parede, começando a cheirar-me a pele.
- Não devias ter feito isso...
- O que queres? - perguntei, começando a chorar.

Ia a caminho da Universidade, pronto a conhecer mais um bocadinho de Londres. Pelo caminho foi visualisando cada paisagem, cada sitio... Teria de explorar um bocado melhor, se tinha tempo agora, porque não? Nos ombros só trazia a minha mochila.
Aventurei-me para os lados mais remotos, onde pouca gente se via ou ouvia.
Caminhei, afastando-me cada vez mais do centro movimentado. De longe pareceu-me ver aquilo que seria um vagão. Dirigi-me até lá.
Ouvia vozes do outro lado. Dentro de mim sabia que havia qualquer coisa que estava mal. Contornei o vagão, e choquei com a imagem de um bando de rapazes, e só pelo ar sabia que eles não eram boa gente. Diria que seriam traficantes. Reconheci-a pelo cheiro e pelo ar. Era fácil fazê-lo quando já tinha sido eu próprio naquele lugar.
No meio daquilo tudo havia uma rapariga, que não precia nada contente por estar a ser agarrada por um dos rapazes-
- Hey, hey... Pará lá com isso! - Disse num tom bruto ao rapaz, que se virou para mim com um sorriso superior. Na altura não me interessou muito, pois virei o meu olhar para a rapariga tentando aperceber-me se estava bem. Não parecia. Estava a chorar.

De repente, ouvi a voz de um rapaz e agradeci por ele ter chegado. Mas aquilo não ia dar bom resultado... Eu estava a tremer por todos os lados e as lágrimas não paravam de correr.
- Então vieste salvar aqui a donzela? - estava com um sorriso nojento nos lábios.
- Deixa-o. - puxei-o para trás, pôndo-me ao lado do rapaz.

Quando a rapariga se conseguio soltar do rapaz, pôs-se ao meu lado.
Não desviei a minha atenção para ela, fixei-me antes no rapaz e no seu pequeno bando. Apetecia-me tanto fazer-lhe a marca do meu punho na cara dele, só por ter dito aquilo. - O problema aqui são vocês. Aconselho-vos que abandonem o vagão, agora - Rosnei esta última parte.