Comecei a correr a determinada altura, e nem sequer fui ver a nota das frequências que tinha feito. Estava a passar-me, tanto física como psicologicamente. A imagem da droga não me saía da cabeça e eu agora percebia que me estava a comportar como um verdadeiro toxicodependente. Ainda. Porque eu não estava verdadeiramente curado. Ele tinha razão de uma coisa, o que me ainda punha lúcido, e não é lúcido da esquizofrenia, é lúcido sem ressaca são os comprimidos que eu tomo para a doença. Bryan disse-me que devia tomar apenas um comprimido mas eu tomava dois de manhã e dois à tarde e dois à noite, porque sem eles eu não me sentia bem.
Levei as mãos às cabeças começando a andar de um lado para o outro completamente à nora e sem saber o que fazer. Do meu lado direito, estava a casa de banho e havia montes de comprimidos que eu podia esmagar e snifar como Rick tinha feito, do meu lado esquerdo estava a cozinha, onde estava álcool que eu podia substituir por umas horas, mas que não ia ser nunca mais igual. À minha frente estava o meu quarto onde eu podia dormir. Continuei a andar de um lado para o outro sem saber o que fazer durante vários minutos. O nervosismo com a vontade de ter aquilo no meu corpo novamente estavam a fazer-me desesperar e já suava por todos os lados. Passei a mão pelo cabelo e respirei fundo várias vezes tentando acalmar-me. Amanda tinha razão para não confiar em mim.