St. Jame's Park - central park

Fiquei ali quieta a ouvir a discussão.
Namorada?!
Dei a mão ao Ed mas senti-a um bicho carpinteiro.

- Não estás a falar a sério... - mas a expressão dele era séria, e deu a mão à lambisgoia magricela.
- Nós... nós amamo-nos...
Aquela cabra não ia ficar com ele!
Levei a mão ao peito e com a outra comecei a abanar-me.
- Edwin não me estou a sentir muito bem...

- Nós amamo-nos? Não Lilly, tu amas-me. Eu amo-a, a ela, à Jessica! - disse com toda a certeza e apertei a sua mão com mais força.
Lilly mirou as nossas mãos e colocou a sua mão no peito. Quando a ouvi dizer que se estava a sentir mal revirei os olhos. Era típico dela.
- Não acredito nisso. - afirmei certo. - E agora vou embora com a minha namorada, passa bem Lilly. - disse e virei-nos no sentido contrário. - Ah e vê se desapareces.- acrescentei violentamente.

Ela é a minha namorada. A Jessica. Vê se desapareces. Blablablablabla
Atirei-me para o chão. Era fácil fingir ataques de pânico, tinha-o feito toda a vida que agora pareciam a sério.
Ouvi-a chamar pelo Ed. Sorri interiormente. Ele ia voltar a ser meu.

Jess chamou-me e fez-me sinal para que olhasse para trás. Assim o fiz. Lilly estava deitada no chão a tremer, em pleno ataque de pânico. Frequente nela.
-Oh meu Deus! - exclamei preocupado. Tirei o telemóvel do bolso e marquei o 112. Enquanto esperava-mos pela ambulância que não demorou a chegar agachei-me e dei-lhe suaves pancadinhas na cara.

Abri os olhos devagar.
-Edwin? O que se passou?
Levantei-me lentamente e adorei a cara dos dois.

Do nada Lilly acordou.
- Tiveste um ataque de pânico... - avisei.
Os paramédicos chegaram mais perto e eu expliquei o que aconteceu:
- Bem.. nós não tivemos uma conversa amigável, e de repente ela caiu e começou a tremer de pânico.

Os paramédico começaram a fazer-lhe algumas perguntas para ver se estava tudo bem com ela.
Aproxei-me mais do Ed e falei baixinho.
- Lilly ham? Gira... um bocado passada mas... tua namorada... - intitivamente levei a mão à barriga.

Levei a mão à cabeça revirando os olhos. Não calhava nada que Jessica tivesse ciúmes da Lilly, porque se bem a conhecia não ia ser fácil livrar-me dela.
- Bem, já que estás entregue nós vamos indo. Xau Lilly! - sorri forçadamente e agarrei na mão de Jessica entrelaçando os nossos dedos. Virei costas e comecei a caminhar com Jess para o lado oposto do parque em direcção ao carro.
- Lilly? Sim... Gira? - encolhi os ombros. - Tu és bem mais. Passada? Não viste nada! É completamente doente esta rapariga! Devia ser internada num hospital de preferência do outro lado do mundo! Minha namorada? Não, e o meu maior erro foi já o ter sido. - Expliquei tudo rezando para a deixar bem clara.

Estava a falar com os paramédicos a contar a triste história do meu ataque de pânico. Que totós!
Depois de os despachar a dizer que estava tudo bem e que tinha sido algo momentâneo, voltei-me para trás, onde ele estava, só que ele não estava.
Edwin, Edwin... sempre o mesmo! sorri.
Ele tinha ido embora, mas agora eu sabia com certeza de que ele estava em Londres. Voltei a sorrir e dirigi-me à estanção de comboios.

Ri-me.
- Quero ver isso...-gargalhei.
Jake arrancou, abandonando assim de vez o hospital.
Pouco mais de dez minutos depois ele estacionou o carro num parque perto do centro da cidade. Saímos e começámos a andar sem destino. Dei por mim e estávamos num enorme parque, rodeado de altas e belas árvores.
- Woow...-murmurei.- Cada vez é mais fácil habituar-me a isto...- sorri.

Gargalhei.
- Não te habitues. Não sou motorista. - gozei.

Dei-lhe um leve murro no ombro.
- Eu não estava a falar de passear contigo, estava a falar de Londres...-esclareci.- mas quanto a isso eu sei muito bem apanhar um táxi ...-gargalhei, revirando os olhos.

Revirei os olhos.
- Mas o pequeno fica em casa. Não o quero aí perdido!

Empinei o nariz.
- A pequena, se faz favor...-declarei. - Hum...até parece, aqui o mau guia és tu não sou eu...-provoquei.

Revirei os olhos e inverti o passo.
- O mau guia foi-se... - resmunguei, caminhando e escondendo-me atrás de uma árvore quando elas começaram a ser abundantes.

De um momento para o outro Jake desaparecera.
-Jake! - chamei. Procurei por entre algumas árvores, mesmo até por debaixo de alguns bancos, mas nem sinal dele. Estava prestes a desistir quando vejo a sua sombra por detrás de uma árvore.- Eu não sei onde estás, mas aparece sim? - brinquei.- Pronto, eu admito, és um óptimo guia...e és bom noutras coisas mas é melhor não o dizer aqui...-gargalhei.

Mordi o lábio para controlar o riso, deixando-me ficar calado por momentos.
Saí passado alguns minutos e olhei-a.
- Está bem.

Quando vi Jake aparecer por detrás de uma das árvores, pus todo o meu melodramtismo em acção e corri até ele, saltando para o seu colo.
- Tive tantas saudades tuas...-gozei, beijando-o intensamente, rodeando o seu pescoço com os meu braços.

Ri-me.
- Uii... Até morrerias daqui a um minuto!

Fiz beicinho.
- Óbvio... - resmunguei.- E agora cala-te e beija-me sim? - gargalhei.

Abanei a cabeça.
- Só tens desejos daqui a uns meses... - provoquei.

Continuei com o meu beicinho.
- Não ouviste o que a médica disse? Eu tenho uma gravidez muito precoce...-gozei.
Aproximei ainda mais as nossas caras e mordi o seu lábio inferior.

Olhei-a seriamente.
- Não digas isso nem a brincar. - avisei-a.

Ok, se calhar tinha exagerado.
- Vês?! É falta de beijos teus que me faz dizer disparates...-resmunguei apontando-lhe o dedo.