Sala de Estar

-Claro, só nós é que sabemos a verdade - imitei-o e soltei-me daqueles cobertores todos com calor. - Não és tu que vais andar a ouvi-la a perguntar por ti e a contar ao teu pai que eu tenho um namorado. - revirei os olhos e olhei para ele mordendo o lábio - Eu sou adorável porquê? - Perguntei ajeitando-me no seu colo.

-Não, não vais ver o meu quarto sequer - revirei os olhos não conseguindo evitar sorrir, ele era tão parvo. Fiz uma careta rindo-me com o que ele disse - eu não sou fofa. - contrariei sentindo-a a tocar-me com a ponta do dedo no nariz e abanei a cabeça tentando tirar as coisas que me passavam por ela. Mordi levemente o lábio e respirei fundo agarrando no seu cabelo e e puxando-o para um beijo, por eu simplesmente não conseguia resistir-lhe.

Afastei-me o mais devagar possível observando-o enquanto nos parávamos de beijar e respirei fundo tentando repôr a minha respiração. Lambi os lábios e fiz um sorriso traquina querendo provoca-lo.
-Beijas mal.

Olhei para a minha mãe quando ouvi um riso atrás de nós.
-Mãe, o que é que ainda estás por aqui a fazer? - Perguntei bufando e ela sorriu toda contente.
-Estou a arrumar-te a casa.
-Até parece que és mais arrumada que eu. Vai-te lá embora salvar vidas. - ela abanou-se toda e pegou na mala.
-Pois vou, já que estás bem acompanhada. Adeus Kyle. - sorriu-lhe como se fossem cúmplices e eu revirei os olhos. - Adeus pequenina.
Bufei cruzando os braços e encostando-me ao sofá.
-Não tem piada mesmo nenhuma.

Fiquei a vê-lo rir-se tentando não cair na tentação de fazer o mesmo, porque sabia que eles iam passar a vida a perguntar-me se ele era meu namorado e a perguntar quando é que o apresentava formalmente.
fiz uma careta com o que ele disse - Não sei... eu fui adoptada - encolhi os ombros.

Abanei a cabeça sorrindo-lhe.
-Há muitas pessoas que dizem isso, temos o mesmo tom de pele e o nosso corpo é idêntico. Agora, psicologicamente não sei, - voltei a encolher os ombros - eu fui adoptada um bocado tarde, já tinha a minha personalidade.

Encolhi os ombros sem saber como lhe explicar.
-Como é que queres que eu te explique como sou? - a verdade é que nem eu sabia - conhece-me... ou tenta. - Não acredito que lhe estou a pedir isto.

Abanei a cabeça fazendo uma careta.
-Não, aqui a única pessoa que beija mal e é convencido és tu. - sorri estremecendo com frio e fazendo beicinho - o teu remédio milagroso com álcool não funciona em mim.