Sala de Estar

-As-as malas? quais malas, amor?- fiquei a olhar para ele visto que as malas da nossa roupa já estava nas gavetas da nossa própria casa. A Hanna deu-me um pontapé na barriga mas desta vez com mais força, sentei-me no sofá e coloquei a minha mão sobre a minha barriga. -Ela está-se a passar literalmente dentro da minha barriga.- revirei os olhos e reencostei-me ao sofá.

- Se ela continuar assim vai começar a doer.- suspirei e encostei a minha cabeça ao seu peito. - Estou com medo.do.-disse por fim embora este sentimento estivesse bem visivel no meu olhar. -Eu gosto de saber que tenho uma parte de ti dentro de mim sabias?- encostei a minha testa á dele sorrindo.

-Não, quero miminhos teus só isso. -sorri penetrando no olhar dele com o meu enquanto lhe dava a mão a acariciava com um dos dedos.
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-Agradece á pequenota. - sorri e retribui o beijo de forma carinhosa. - Casas comigo? - segredou-me ao ouvido, o meu coração a mais de mil, podia jurar que o senti a falhar uma das batidas. Olhei-o nos olhos e nem respondi ataquei logo os seus lábios com um sorriso rasgado na cara - Claro que sim. Já te disse que me fazes a mulher mais feliz á face da terra? -suspirei e senti outra batida na minha barriga- Deixaste a nossa filha irrequieta.-segredei-lhe ao ouvido enquanto largava um sorriso.

Sorri maravilhado ao ouvir um sim da sua parte e tirei do bolso das calças a caixa com o anel. Tirei-o da mesma e coloquei-o no dedo. - E tu fazes-me o homem mais feliz do planeta. - Beijei-a e senti a minha mão ser pontapeada por Hanna. - Vocês fazem-me o homem mais feliz do planeta. - Corrigi rindo-me alegremente.

Olhei para o anel e sorri, ele eram sem duvida perfeito. -Ela não deixa escapar uma, como será ela?-sorri olhando para ele e mexendo-me para arranjar uma posição boa.
-Estou com fome - disse rindo-me e levantando-me - Qualquer dia pareço uma lontra -suspirei comentando o que realmente me vinha a cabeça. Fui até á cozinha e tirei uma caixa de gelado, trazendo duas colheres para a sala. Comecei e comer o gelado de forma gulosa, em três dias já tinha comido mais gelado que alguma vez tinha comido na minha vida toda.

Soltei uma gargalhada - Tens razão, mas isto é tão bom. -sorri, mal ele colocou gelado na sua boca beijei-o rindo-me depois de lhe ter roubado o gelado. A Hanna estava quietinha mas de um momento para o outro senti-a a soluçar o que me fez começar a rir do nada.
-Ela soluçou - no fundo lá no fundo, tinha medo que isto não passasse de um sonho, e acordar de um momento para o outro e não ter o bebé nem o Tom.

-oh são só estupidezes minhas.-suspirei e abracei-o, olhei-o nos olhos e beijei-o de forma calorosa e como há muito tempo não fazíamos. Mal o beijo acabou sorri e rocei o meu nariz no dele.

-Queres ver como é estupido? - perguntei nem dando tempo para ele responder, olhei-o nos olhos e suspirei - Tenho medo que isto seja um sonho, acordar e não te ter...nem a ti nem á nossa filha. - sorri tristemente tentando entender o que se tinha passado.- A Jess acho que já teve o bebé - sorri para ele, dando-lhe a boa noticia.
-Estou gorda - disse rindo-me á medida que me via no reflexo do plasma contido no armário baixo.

-Pois eu também, estou ansiosa de pegar nela - sorri e dei-lhe um beijo leve nos seus lábios . Senti mais um pontapé na minha barriga o que me fez deitar no sofá e agarrar a barriga - Ela deve ter saído a ti, é super mexida!-resmunguei rindo-me.

-És pouco mexido és! -comentei rindo-me. - Eu sou muito pacata! -Apertei a minha barriga. - Está a doer. - murmurei contra o seu peito suspirando enquanto grunhia de dores. Foi o primeiro diz de dores, passei o resto da semana na cama pois ela nao parava quieta.

QUINTO DIA

Apertei a barriga e olhei de relance para o relógio vendo três da madrugada- Tom! -gritei de dor puxando-o para mim.

Abracei a minha barriga com força - quero morrer - murmurei tentando-me levantar, as contracções pararam o que fez com que me conseguisse vestir. Dei-lhe um beijo leve nos lábios. Tens tempo para meter as calças bem - tentei rir mas não dei resultado pois a minha barriga apertou novamente.

-Um bocadinho - abracei a minha barriga e voltei a beijá-lo. -Estás preparado? -perguntei enquanto colocava o cinto de segurança e suspirava. -Amo-te não tenhas duvidas disso Tom.- ia ser o inicio de tudo, dentro de seis horas íamos ser pais de verdade...e ter uma família feliz.
Olhei para ele enquanto as dores acalmavam e liguei o som da rádio tentando-me abstrair.