Primark Shop

Fui até à Primark, precisava de comprar alguma coisa para o Inverno que se aproximava. Os Invernos costumavam ser frios na Inglaterra por isso comprei coisas quentes. Saí da loja, pronta para ir dar mais uma volta fosse onde fosse.

Mal entramos na Primark, que estava cheia de gente fui para a zona dos sapatos. Mal me sentei , um rapaz sentou-se ao meu lado. -Olá.- proferiu de forma sorridente, mal olhei para ele lembrei-me de quem ele era.James, foi o meu par na audição de ballet. - Olá- sorri. -Olha, o meu telemóvel estragou-se... lembras-te do meu cão? - soltei uma gargalhada - Se lembro, ele fez-me um lavagem á cara. Sim mas continua- Pronto...queria...saber se me davas o teu número novamente - sorri pegando numa caneta e colocando o meu número no seu braço rindo-me. Ele deu-me um beijo na bochecha e foi-se embora.

Revirei os olhos indo sentar-me ao lado dela.
-Desde quando é que se usa um cão para engatar uma miúda? - Perguntei um pouco irritado e ciumento. - Oh por favor - resmunguei.

Comecei-me a rir - Olha que resulta.- tentei fazer um esforço para não rir. Cruzei as pernas olhando para todos os sapatos, nenhum giro.

Olhei para algo distante com os braços ao mesmo peito cruzados, as minhas pernas estavam esticadas e também cruzadas. Avistei umas vans e fui até eles não dizendo nada a Mad.
Ia-lhe dizer que tinha um cão que se chamava Carraça e que era um fofo talvez ela assim me desse o numero dela. Pois, posso morar na mesma casa que ela mas nem o numero tenho. Para além do mais ela gostou! Olha que resulta. revirei os olhos e experimentei-as. Eram de um azul diferente, um pouco mais claro que o normal, parecido com os meus olhos. Suspirei irritado.
Boa Thomas, estás ciumento por causa de uma rapariga, sim isto é muito normal e tudo...

Fui ter com ele sentando-me ao seu lado - Hey Thomas.- fiz-lhe olhar-me nos olhos- Estás chateado? Fiz-te alguma coisa? Fogo, oh Thomas! Eu não gosto de te ver assim. - baixei o olhar meia triste -As vans ficam-te bem.-suspirei.

-Obrigado - agradeci pegando nas caixas e levantando-me. - Não, eu estou normalíssimo - queria-a ter convencido mas não consegui porque o meu tom de voz saiu irónico.

-Ciumes, não. Oh meu deus Thomas!- revirei os olhos e fui atrás dele-Quantas vezes e preciso dizer que é de ti que eu gosto?-sussurrei sem ter noção se ele tinha ouvido ou não. Suspirei, puxei-o discretamente para uma pequena sala de provas. - Ouve-me, não te beijo lá fora para não te prejudicar, percebes? Porra não suporto que estejas assim comigo, e fica sabendo que dei o número errado ao rapaz. Se me conhecesses sabias que não dou números de telemóvel a ninguém, nem o uso.Não voltes a fazer isso, Thomas.Por favor, ver-te assim faz me muito mal.-explodi dizendo-lhe tudo o que tinha a dizer.

Beijei-a assim que se calou olhei para ela, talvez como nunca tinha olhado antes.
-Desculpa - pedi engolindo em seco. - mas eu... eu... amo-te porra! - Disse de uma vez e respirei fundo. - eu não consigo evitar faze-lo.

-Eu também te amo seu tonto.- mal ele disse que me amava sorri muito, puxei-o para mim e abracei-o fortemente. Ataquei os seus lábios e depois dei-lhe a mão.

Abracei-a puxando-a para trás e fazendo os seus pés saírem do chão.
-Fica sabendo que não me prejudicas nada ao beijares-me lá fora. - Sorri colocando-a no chão e abrindo a cortina.

Sorri e saí com ele das cortinas, ninguém tinha reparado. Porque é que aqui há luz e na nossa casa não? -perguntei meia amuada, mal ouvi um trovão agarrei-me a ele olhando para ele nervosa.Odeio trovões - confessei.

-Porque a nossa casa...- abanei a cabeça olhando-a - não faço ideia. - Admiti rindo-me. Senti alguém atrás de mim e virei-me sorrindo forçadamente.- Sim? - duas meninas de quatorze ou quinze anos irmãs gémeas lançaram-me um papel e uma caneta para as mãos todas sorridentes a vidradas em mim - Aposto que nunca ninguém disse isto mas tens uns olhos espetaculares, são muito melhores ao vivo do que na televisão.
-E o teu pai é tão bom! - disse a outra. Ergui uma sobrancelha e fingi um riso. Não me dignei a perguntar os nomes, apenas assinei o meu nome e disse algo como: um beijo para as irmãs gémeas londrinas. Olhei para Madeleine e suspirei. - Era bom que isto não tivesse luz. - resmunguei.

Fitei-as mandando-lhe um olhar fulminante o que fez com que elas saíssem mais rápido.-Oh, não fiques assim.-sorri de forma carinhosa.
Os rapazes olhavam para mim de alto a baixo e alguns mandavam piropos aos quais eu não respondia apenas me limitava a andar.

-Sim até porque eu gostei muito de saber que o meu pai é... bom - revirei os olhos sorrindo, mas sendo interrompido pelos olhares de uns rapazes que estavam por ali a olha-la demasiado. - Mad? - chamei normalmente. - Can I hug you? - Perguntei com um dos meus melhores sotaques britânicos, o que na verdade ficou muito realista.

-Yes - respondi sorrindo para ele.

Olhei para os rapazes com um sorriso de convencido não dando a minima do que eles pensavam de mim e abracei-a colocando a minha boca perto do seu ouvido.
-Isto vai soar muito mal Mad - avisei-a sério - mas detesto que sejas tão bonita - admiti.

Soltei uma gargalhada - Eu também odeio que sejas tão sexy. -sorri e deixei-me estar abraçada a ele.
-Oh meu Deus estou completamente caidinha por ti, vê o que fazes porque confio plenamente em ti.-sussurrei.

-Eu vou cuidar bem de ti, muito bem - sorri beijando-a com cuidado e esquecendo-me do lugar onde estava até ouvir dois gritos histéricos das gémeas.
-Oh god. - disse baixinho. - Desculpa Mad, foi um impulso.

-Desculpa Mad, foi um impulso.- disse-me, sorri e puxei-o para mim envolvendo-o num beijo profundo. -Não há problema.-sorri.

Afastei os nossos lábios com o máximo das calmas e detestando faze-lo, mas é que estávamos numa loja e não era propriamente o sitio indicado para eu agarrar da maneira como queria. Não havia problema dizia ela, se fosse um maluco dava pulos de alegria. Olhei para as pessoas à minha volta, umas olhavam-me como se nada fosse, outras sorriam e outras ficavam a olhar como se tivéssemos feito outra coisa completamente diferente, o que era o caso das gémeas e dos rapazes. Sorri a Mad e puxei-a para a parte da roupa. - Quero comprar-te um vestido - disse começando a remexer neles, todos lhe ficariam bem por isso iria ser difícil de escolher. - E vou levar as vans.

-Compras nada!-disse-lhe e depois olhei-o nos olhos - Ouve, não é por tu me comprares mais ou menos coisas que eu vou amar-te mais ou menos. Não quero que penses que sou oportunista porque eu não sou.-passei o meu dedo pela sua cara-Mas isso não impede de ires ao provador para eu provar alguma coisa -sussurrei ao seu ouvido rindo-me depois. Sentei-me ao lado das gémeas que o fitavam de alto a baixo e mandavam boquinhas como : Se fosse eu aceitava,ou, em vez de aproveitar. Sempre que elas mandavam comentários desses olhava para elas mandando um olhar fulminante a cada uma
O meu coração começou a bater mais rápido mal senti uma mão pesada nas minhas costas -Señorita Paterson, O seu paizinho vai-te encontrar.-sussurrou ao meu ouvido Jeremy,o um dos seguranças dele, virou costas e saiu deixando-me completamente a bater mal, olhei para todos os lados tentando encontrar o Thomas.Tinha que ir aos provadores tomar os medicamentos, estava a ver tudo turvo. Fechei a cortina e sentei-me no chão tirando os comprimidos da mala, mal os tomei baixei a cabeça,o meu pai ao fim de três meses é que me vai encontrar? Vai fazer o quê? Dar-me uma carga de porrada e dizer que tinha sido uma birra?
Eu sabia que o Thomas me ia encontrar, e eu precisava dele...agora.

-Hei, mas...! - comecei a resmungar mas parei porque vi um vestido que sabia que ia cair perfeitamente nas curvas dela. Parecia uma mulher, mas só de a imaginar com ele à minha frente... até fico com calor. Peguei no vestido preto e olhei em volta vendo se a conseguia encontrar, mas não a via em lado nenhum. Vi as gémeas a fitarem-me e depois a olharem para os provadores e com cuidado procurei Mad. Abri um que estava vazio e depois outro que era onde ela estava. - Encontrei um... Mad? - Disse baixando-me - o que se passa? - perguntei preocupado e procurando o seu olhar.