London Theatre Guide

-Nada contente - encolhi os ombros e continuei a andar atrás dela enquanto me ria.
Chegámos ao Teatro e eu fiquei a olhar os cartazes.
-Fixe, acertaste em cheio! - Disse pela primeira vez contente.

-Sim, eu sei. - entrei no teatro e várias pessoas me disseram olá.
-Vais treinar?-perguntou-me Joseph , o porteiro ao qual eu neguei a resposta. Puxei-o com uma mão para o palco e sentei-me no meio dele esperando pelo Thomas.

Fui sentar-me à frente dela enquanto me arrepiava da cabeça aos pés como uma menina, mas a verdade é que eu era sempre assim mal entrava num palco.
-Costumas vir aqui treinar? - Perguntei deitando-me de barriga para cima mas de modo ainda a conseguir ver.

-Todos os santos fins de semana.-sorri.-Nunca dançaste ballet? -perguntei interessada enquanto me ria.

Fiz uma careta assustada e ri-me.
-Não, nem gosto de dançar. - admiti - mas tu podias dançar aqui para mim - disse oferecendo-lhe o meu melhor sorriso com pestanas a combinar.

-Eu nunca dancei para ninguém - disse por fim e suspirei. -Mas danço se dançares comigo, só tens de me agarrar ás vezes.- pisquei-lhe o olho e desmanchei-me a rir com a sua expressão.

Os meus olhos brilharam e abri um sorriso ansioso levantando-me o mais rápido que consegui.
-Eu sou forte - ri-me - aguento com magricelas como tu, mas vá, começa - pedi ansioso.

-Vira-te. -pedi, mal ele se virou despi-me vestindo umas leggins e um top branco de forma rápida para que ele não tivesse tempo sequer de pensar olhar para trás - Já está - disse após calçar as sapatilhas de ballet. - Faz assim. - Coloquei as suas mãos na minha cintura enquanto me colocava em pontas, o meu corpo foi ligeiramente para a frente e levantei um pé ficando segura por um pé. Eu dava-lhe as indicações e continuava a dançar cada vez mais rápido e melhor, o que fazia com que a minha atuação fosse semi-perfeita.

Fiquei a olha-la e a ajuda-la quando precisava e quando acabou sorri.
-Foste perfeita - disse indo ao encontro dela - e posso dizer que gosto um bocadinho mais de ballet - ri-me revirando os olhos.

-oh nada disse - senti-me a corar novamente, virei o rosto de forma a ele não ver isso e depois puxei-o para mim - Agora faz qualquer coisa para mim - disse sussurrando ao seu ouvido.

-Queres aprender a dar um beijo técnico? - Gozei rindo-me não conseguindo ignorar aquelas suas bochechas vermelhas e tendo que lhes tocar.

Soltei uma gargalhada -Quero... Não, estou a brincar - voltei a rir-me. Senti a sua pele gélida a tocar na minha o que me fez arrepiar ligeiramente.

Encolhi os ombros começando a andar de um lado para o outro.
-Então não sei o que queres que eu te mostre - ri-me olhando para cima, aquilo parecia não ter fim.

-Então não mostres, quero saber coisas sobre ti -murmurei e em seguida encarei-o, sentei-me no chão e deitei-me de barriga para cima vendo todos os desenhos que o tecto possuía tentando decifrar todos eles.

Coloquei-me à frente dela para de seguida me colocar em prancha como se tivesse a fazer abdominais.
-Não há muito para dizer... - que eu conseguisse dizer - Chamo-me Thomas Sanders, o meu pai é um dos actores do momento - revirei os olhos - e tenho seis irmãos. Sou o quarto. - Ri-me. - Nasci no dia 31 de Dezembro às 23:50h, pode parecer mentira mas é verdade - sorri. - e sou paginas de revistas antes de ser uma célula.

-James Sanders - exclamei olhando para ele , não me importava muito com isso ele ia ser o Thomas que me chamou antipática e numa o filho do senhor famoso - Seis irmãos, deve ser giro não?-perguntei sorrindo, seriam parecidos com ele?A sua beleza era indiscutivelmente perfeita, e o seu tom de pele dava -lhe um noção distante de todos mas o toque doce de como falava fazia-me sorrir pois acalmáva-me.

Suspirei rolando para o lado ao perceber que ela se tinha lembrado.
-Yap. - disse baixinho e encolhi os ombros - é fixe, mas estamos separados. Em casa só vivo com o meu irmão que veio a seguir a mim e com a minha irmã mais nova.

Oh lamento - inconscientemente passei a minha mão sobre a dele , mal me apercebi tirei logo para não haver momentos estranhos entre quase-estranhos.
Fitei-o tentando memorizar cada traço do seu rosto de forma a ficar com ele na minha mente para depois...quando...tiver a desenhar,coisa que não faço, me lembrar. Boa desculpa Mads

-É... o meu pai decidiu separar-se da minha mãe - disse levantando-me tentando não ter pena de mim próprio. Por tua culpa - Vamos para casa comer alguma coisa, estou estafado - pedi tentando mudar de assunto.

-Dei-lhe um beijo na bochecha e apertei-o contra mim. - Sim anda lá que eu também já comia cinco burros.- proferi enquanto calçava as vans e guardava as sapatilhas num sitio escondido.
Saímos do palco indo para fora, tinha que ir tomar os comprimidos mal chegasse a casa se não...ainda tinha um ataque epiletrico .

Ri-me com o que ela disse e fomos de novo para a rua. Bufei ao ver movimento a mais e fiz Madeleine correr até um táxi que estava parado.
-Oxford, por favor - pedi assim que Madeleine entrou e olhei para as horas vendo que já era tarde.