Piscina Exterior & Interior

Mal cheguei á escola disse para ele me seguir pois eu ia para um pavilhão mais distante- Eu vou me equipar...ahmm...pronto. Cya.- virei-lhe costas e entrei no balneário equipando-me com um fato-de-banho, a toca e os óculos. A piscina não tinha ninguem, sorri e mergulhei para dentro de água nadando á máxima velocidade para descarregar a raiva. Fiz umas seis piscinas em menos de dois minutos, e assim continuei até me cansar e abrandar o ritmo - que mesmo assim era rápido.

Vi-a ir embora e fui dar uma volta à escola.
Podia andar ali. Já tinha andando ali. Quando era o Samuel feliz e contente. Agora, como é que o pior aluno da turma podia andar num colégio privado?
Encolhi os ombros. Whatever...
Entrei para a piscina interior sentando-me nas bancadas. Encostei a cabeça e respondi à mensagem do Syler.

Mal acabei o treino fui tomar banho e vesti-me, apressei o passo até ás bancadas e sentei-me ao lado dele - posso te perguntar uma coisa? perguntei-lhe olhando pela primeira vez nos olhos dele.

Mandei a mensagem e guardei o telemóvel.
- Podes. Não sei é se te vou responder. - olhei-a também.

-Porque é que os teus pais se separaram? -perguntei de uma forma impulsiva.

Suspirei e sorri.
- O meu pai não é propriamente o melhor pai do mundo. Acontece que também não era o melhor marido do mundo. A minha mãe conheceu o Josh e quis separar-se do meu pai. Fim da história.

Sorri de volta, e voltei a suspirar. -E...gostavas de ir viver com a tua mãe?

Olhei para ela com um ar brincalhão.
- Fizes-te mesmo essa pergunta?! Claro que sim! Para o meu pai não passo de um animal a quem ele pode dar ordens. Foi sempre assim... piorou quando ficou comigo... para ser assim não sei o porquê de lutar tanto para ter a minha custódia... - suspirei.
Já tinha fugido de casa muitas vezes só para passar uma noite com a minha mãe. Se eu queria ir morar com ela? C.L.A.R.O.

-Oh...ele gosta muito de ti sabias?-suspirei lembrando-me da conversa que tinha tido comigo. - Tinhas irmãos?

Dei uma gargalhada.
- Imagino!
- Nop. Felizmente. Não desejo a mais ninguém o Carlisle como pai. Pelo menos que seja só a mim que ele me trate assim.

-O teu pai está doente- disse-lhe sem pensar no que estava a dizer - era suposto, tu... nós não sabermos...mas... -calei-me. A mãe do Sam, para nós, era a mulher mais estupida á face da terra. Disse-nos que ele ficou connosco pois não tinha ninguém mais reles para morrer. Além de saber que ele agora vai aos tratamentos...ainda é preciso ter precauções.

De alguma maneira, não queria saber.
Não sentia nada de nada.
- O que é que ele tem? - tentei mostrar interessa mas não conseguia deixar de ser frio.
Parece que te tornas-te mesmo no Samuel, Sammy!

-Cancro.-olhei-o nos olhos e engoli a seco.

Por favor!
Levantei a cabeça.
- E ficas-te a saber...?

-Isso...não posso dizer- não queria denegrir a imagem da mãe dele perante ele, visto que ele adorava a sua mãe.

- Humm... ok...
Levantei-me num salto.
- Já podemos ir embora ou agora vais andar de skate?

Soltei uma gargalhada - não, podemos ir embora.- suspirei levantando-me tão rápido quanto ele mas com gentileza e charme.

- Muito obrigado!
Fomos o resto do caminho até casa em silêncio.
O Carlisle tinha cancro. Sam! O teu pai tem cancro! Pois... mas o Samuel não quer saber!
Encolhi os ombros.