Parque Infantil

-Gosto de saber que te deixo assim - murmurei. Levantei os braços deixando com que ele me tirasse o top, estava agora de sutiã á frente dele. Comecei a subir a sua camisola e a beijá-lo cada vez de forma mais intensa.
Desapertei o seu cinto e beijei o seu tronco, subindo novamente indo de encontro com a sua boca que , de uma forma ou outra, chamava por mim.

Ri-me com o que ela disse tirando-lhe o top e deixando-me ficar a olha-la. Continuava magricelas mas mais que linda. Desapertei os botões das suas calças enquanto a entretinha com os meus beijos e fui descendo-as até que elas acabaram por cair sozinhas. Tirei as minhas levantando-me durante poucos segundos e voltei a encosta-la à parede de madeira.

Saltei para o seu colo, rodeei o seu quadris com as minhas pernas e beijei-o. Raspei uma unha no seu abdominal e em seguida escorreguei pela parede deixando-me deitada e com ele por cima de mim.
Beijei-o de forma mais feroz e comecei a descer os seus boxers com as minhas mãos enquanto os meus lábios estava entretidos.

Por momentos pensei que estava a sonhar acordado, porque nunca na vida pensei que ela fosse alinhar nisto comigo. As minhas mãos entretinham-se subindo e descendo as suas curvas até que apanhei o seu peito e com uma mão desapertei soutien atirando-o para o nosso monte de roupa. Mais uma vez desci as minhas mãos até às suas pernas e levei os meus lábios à sua barriga subindo ao seu peito. Senti-me sem boxers e olhei-a voltando a beijar os seus lábios.

Agarrei nele desci as minhas mãos cravando-as nas suas nádegas. Estava com semi-nua ao contrário dele que já estava nu o que fazia com que a sua perfeição fosse visível. Beijei os seus lábios mais uma vez e fiquei sem saber o que fazer, estava a ficar mais nervosa. Dei-lhe um beijo suave nos lábios e confessei-lhe - Estou a ficar com medo- murmurei beijando-o

Olhei para ela e acariciei a sua face.
-Eu prometo que não te faço mal magricelas - sorri dando-lhe um beijo e retirando-lhe com cuidado a peça de roupa que lhe restava. -Só não te quero magoar - murmurei entre beijos.

-Está bem - sorri e puxei-o para mim beijando-o carinhosamente e de forma lenta tentando apreciar tudo o que se estava a passar.
O cheiro a madeira e a chuva a bater na casa velha do parque estava a proporcionar-nos um momento único, eu não o amava em gostava dele - de forma mais que amigos - por isso estava-me somente deixar levar pelo calor do momento. Alias, no ballet quando mais formos abertas melhor é. inventei isto, porque para mim têm lógica.

Não sabia bem como fazer isto, lembro-me de ouvir várias pessoas a dizerem que doía e eu não queria mesmo magoar Madeleine só para fazer isto. Comecei por entretê-la com os meus beijos enquanto as minhas mãos ajustavam o seu quadril ao meu e depois apenas entrei nela devagar mordiscando-lhe o lábios e estando atento às suas expressões.

Fechei os olhos enquanto ele me penetrava e puxei-o para mim beijando-me. Tinha feito ginástica toda a vida, e o que acontece a muitas ginastas, é que o íman rompe-se antes do tempo. Mal ele me penetrou pela primeira vez não me doeu nada, e foi algo unico...era como se nos uníssemos num só ... ele estava dentro de mim.
Os sentimentos estavam á flor da pele, tanto o medo como a sedução estavam presentes. Coloquei uma mão no seu cabelo e apertei-os suavemente - sem intenções de lhe aleijar, e pelo que percebi não o fiz. Beijei o seu pescoço de forma selvagem enquanto colocava as minhas mãos nos seus abdominais definidos.

Sorri ao perceber que não a estava a magoar minimamente e continuei com as minhas investidas enquanto beijava o seu peito e pescoço vagarosamente. Senti-a e conseguia ver a sua pele a arrepiar-se e sabia que não era com o frio, porque neste momento era impossível tê-lo.
Gemi ao sentir as suas mãos puxarem os meus cabelos e apertei mais as suas coxas à minha volta voltando a entreter os meus lábios com os dela.

Abafei quase todos os gemidos em beijos longos, e senti o meu corpo a desejar atingir qualquer coisa, era como se naquele momento o desejo fosse superior a qualquer coisa no mundo. Curvei as costas para que ele entrasse totalmente em mim e deixei-o penetrar umas ultimas vezes. De repente largamos um suspiro. Os nossos corpos tinham marcas de cansaço e suor por todos os lado, dei-lhe um beijo e aninhei-me no seu peito tentando controlar a respiração que estava ofegante.
-Thomas - chamei o seu nome murmurando-o. Olhei para si penetrando o meu olhar no dele enquanto acariciava inconscientemente o seu abdominal. - estou a ouvir crianças - soltei uma gargalhada. Vesti somente a roupa interior e deixei-o fazer o mesmo deitando-me ao lado dele novamente. Olhei para a porta verificando se realmente estava trancada, e sim...estava.
Apanhei o meu cabelo deixando o meu rosto apanhar com os raios de sol que provinham por entre os buracos de onde entravam o frio.
Escondi o meu rosto no seu peito e sorri feita parva, pois quer tenha sido por amor() ou por atracção sexual (x). Não sabia como ia ficar a nossa relação agora, sentei-me e abracei as minhas pernas. Eu ia morrer, e o que se passou aqui nunca mais se podia passar novamente. Não queria ter o risco de me apaixonar por ele, ou pior ele apaixonar-se por mim. Era grave, não queria que ele sofresse, não aguentaria isso. Não sabia o que fazer depois disso, se estava com ele ou se começávamos a falar ou ficávamos calados - como estávamos agora. Cada um embebido em cada pensamento próprio, eu questionava-me do que ele estaria a pensar neste momento.
Coloquei uma mão no chão bem perto dele , ok na verdade foi um gesto intencional queria ver o que ele fazia. Não queria levar com uma resposta tipo : tipo foi só sexo, nao temos nada e assim. Embora eu soubesse que não tivéssemos nada isso não se dizia. Eu acabei de ter a primeira vez, com o Thomas...o que para mim fazia dele um rapaz que nunca mais ia esquecer, quer eu queresse quer eu não queresse.
Tenho saudades do meu pai, da minha mãe, dos meus avós, dos meus amigos de toda a gente. Não me arrependo de ter fugido , alias tomei a decisão de animo leve. Não quero ninguém a sofrer por mim, eles nem se dignaram em procurar-me por isso...não quero saber.
Vivi coisas muito boas ao longo destes dezoito anos, conheci pessoas impressionantes ...fiz muita porcaria e também errei muito mas aprendi com os erros e agora sei que não os vou voltar a repetir. Falta um mês para completar os nove meses que me deram de vida. Suspirei. Irrita-me profundamente as pessoas que se suicidam, que querem morrer por coisas que nem são relevantes. É raro uma pessoa dar valor á vida, até mesmo eu ainda não lhe dei a devida importância...sei o quão bom é viver e poder aproveitar a vida...mas e quando eu me desligar? como uma máguina ligada á corrente que de um momento para o outro e sem aviso prévio desligam-nas e a máquina para de trabalhar. Como será o momento em que nós temos a plena consciência que vamos morrer, os segundos que nos parecem horas em que refletimos sobre os momentos que nós todos já vivemos?
Em breve iria descobrir só não sei se estou pronta para isso.
Uma coisa é ter noção de dizer : eu vou morrer, outra coisa é aceitar isso - uma coisa que ainda não fiz de bom
agrado.
Olhei para ele fitando-o calada e observei a sua cara pálida que lhe dava um ar fofo, mas ele tinha um certo charme que atraia qualquer pessoa.
Ouvi um trovão e saltei de susto olhando para ele com pavor, após esse seguiu-se mais outro e outro agarrei-me a ele sem pensar um minutos. Sentei-me no seu colo e escondi a minha cara no seu abdominal. -Oh boa - murmurei. O que valia era que estavamos abrigados...e semi nus.

Deixei-me ficar calado enquanto ela assimilava as coisas, pronto, ao mesmo tempo que ela fazia isso eu pensava no que lhe dizer. Não podia dizer que foi só sexo, porque não foi... ou melhor foi. Thomas, concentra-te. É só que... ela era linda e o sorriso dela encantava-me mas o melhor dela é que não se fazia a mim, não gritava o meu nome todo feita histérica e não o pretendia fazer. Todas as minhas ultimas namoradas tinham sido assim. Thomas, dá-me sexo, dinheiro e fama e eu amo-te. E pronto o Thomas dá.
Toquei na sua mão e comecei a brincar com ela beliscando-a com o cuidado de não a magoar. O meu telemóvel deu um bip, mas eu não me movi porque não queria e porque estava bem como estava. Se fosse agora ao telemóvel ela ainda interpretava aquilo de modo errado como já me tinha acontecido.
Soltei uma gargalhada quando a vi saltar para os meus braços e apertei-a contra o meu peito massajando as suas costas e ombros porque o tempo estava a arrefecer.
-Os trovões são tão lindos - murmurei - não percebo porque é que as pessoas não gostam. - sorri apesar de ela não me estar a ver - Às vezes as coisas que parecem mais assustadoras são as mais bonitas - concluí. Estava a ficar muito filosófico eu, mas era toda a verdade.

-Os trovões metem medo - murmurei contra o seu peito - Nem sempre, nem sempre - desta vez ainda disse mais baixo. Estava feliz bem nos braços dele, sentia-me acolhedora e alem disse aquele seu cheiro deixa-me...pára Mad, pára, pára.- Mal se ouviu outro trovão olhei para a sua cara deixando-me estar a fitá-lo por algum tempo, mal o nosso olhar se cruzou deixei-me estar assim em contacto com ele...era como se houvesse um género de ligação estranha entre o meu olhar e o dele.
Estava a ficar frio - é melhor vestimo-nos, se não ainda ficamos doentes...- oh bolas! porque é que fui dizer isso? agora ele vai-se vestir e provavelmente vou-me sentar ao lado dele e não no colo dele.

Eles são lindos - contrapus - tens que os ver à noite - ri-me enquanto a olhava deixei-me ficar assim a olhar para ela enquanto ela falava e sorri quando disse que era melhor nos vestirmos. Peguei na sua camisola e vesti-a não conseguindo parar de a olhar. Era tipo, viciante e não sabia se havia de deixar de fazer isso, ela podia sentir-se incomodada. Dei-lhe as suas calças e vesti-me. Quando estávamos prontos. Sentei-me tapando a porta e puxei-a voltando a agarra-la.
-Dá-me só mais um dia para eu poder fazer isto - pedi voltando a aproximar os nossos lábios.

-Oh...ok - puxei-o para mim deixando os nossos lábios tomarem conta do resto. Ele só me queria mais um dia, e ainda bem...não dá, não posso ser mais que hoje... oh meu deus se ele se apaixona - ou eu ...quer dizer é o menos relevante- eu acho que morro mais cedo do que o previsto.
Passei a minha mão pelo seu braço e coloquei os meus dois braços á volta do seu pescoço.

-E se puderes das-me o dia a seguir - emendei-me separando os nossos lábios. Algo nela não estava bem e eu queria descobrir a todo o custo. Eu tinha-lhe contado, porque infelizmente aquilo tinha acontecido, por isso acho que deveria pelo menos tentar perceber o que se passava. Queria ajuda-la, o mais que podia.

-Ei!Ei! Ei! - afastei-o lentamente, o meu coração estava começar a bater mais rápido que o normal e acho que ele estava a querer demais já...olhei para ele com um olhar de 'desculpa' e sai da casa correndo o meu rápido que pude , não queria que ele se apaixonasse por mim, ele não! Não aguentaria ver aqueles seus olhos verdes embebidos em lágrimas ... e não sei mas eu sentia-me muito bem ao pé dele e não gosto disso.

-Eu sabia que devia ter estado calado - resmunguei dando uma cabeçada bem forte na madeira e suspirando. Aquilo podia tirar-me as memórias todas, agora eu não me importava. - Só fazes porcaria Thomas, Só fazes porcarias e és parvo. E estúpido... e burro! - Resmunguei levando as mãos à cara irritado.

Conduzi até ao parque infantil onde costumava ir em criança com Ash e o resto da minha família.
Estava tal e qual como me lembrava; era os mesmos baloiços, os mesmos bancos, o mesmo jardim... Era o mesmo local que transmitia a mesma alegria.
Os candeeiros verdes, altos, iluminavam o jardim e todo o parque; saí do carro e assim que Chloe saiu, fechei-o.
- Passava aqui muito tempo... - disse-lhe, enquanto nos encaminhava para o interior do parque.

Jake conduziu até a um parque infantil. Esperou que eu saisse e fechou o carro. Olhei em volta. Era muito bonito e transmitia alegria. Aproximei-me de Jake.
-É muito bonito...-comentei, sorrindo.- Depois temos de trazer o nosso filho cá.-sugeri.

Sorri enquanto me sentava no baloiço.
- Claro.
Passei as mãos pelos ferros, recentemente substituídos (ou pintados, talvez).

Sentei-me num outro baloiço ao seu lado.
- Foste muito feliz aqui, nāo foste?- olhei-o sorrindo de forma carinhosa.

Assenti.
- Vinha aqui todos os dias depois de sair da escola enquanto esperava que a Ash saísse também. Passávamos horas os dois na brincadeira. - abanei a cabeça ao relembrar aqueles momentos. - Chegaram a pensar que nos tinham raptado e andaram doidos à nossa procura.

Encostei a minha cara nos ferros do baloiço enquanto ouvia Jake falar. Nāo contive um sorriso, pois por momentos lembrei-me de Justin.
-Agora fizeste-me lembrar de mim e do meu irmāo...-sorri.

Olhei-a.
- Não sabia que tinhas um irmão. - admiti. - Mais velho?