Quarto do Ed

Dei uma gargalhada alta também e abri um espaço entre o dedos para ver a maçaneta.
- Obrigada Jess..- disse acanhado. - Já saí! - exclamei já lá fora.
Ri-me ainda mais já do lado de fora do quarto. Entrei no quarto da frente, que Jess diria ser o meu e comecei a arrumar as minhas coisas.

Depois de me vestir fui até ao quarto dele.
Abri a porta com os olhos fechados.
- Tudo decente aqui? Posso abrir os olhos? - perguntei rindo-me.

Depois de já ter o quarto praticamente arrumado Jess entrou de olhos fechados.
- Bemm... hum... - brinquei. - Sim está tudo. - disse e soltei uma gargalhada.

Abri os olhos sorrindo.
- Oh! Vinha ajudar-te mas parece que já fizes-te o trabalho todo!
Fiz uma careta mas depressa sorri. O banho tinha dado para acordar.
- E se fossemos dar uma volta e ficássemos a saber mais um sobre o outro? Quer dizer... preciso de saber se tenho um serial killer a morar comigo. - disse na brincadeira.

Eu sou super rápido..- disse em tom de brincadeira. - Mas obrigada na mesma.
Sorri com a ideia do convite.
- Acho bastante bem.. Bom eu também tenho de saber se vim murar no ninho de uma cobra, muahahah. - brinquei.

- Ninho de uma cobra? Fiquei ofendida! - disse levando a mão ao coração e fazendo uma carinha de cãozinho abandonado. Todas as aulas de representação a que os meus pais me tinham submetido tinham deixado alguma coisa.
Anda lá então! - disse pegando-o pelo braço.
Quando chegámos ao Central Park, sentámo-nos num banco.
Por algum motivo adorava meter-me com ele. Apoiei a cabeça na mão e fiquei a olhar para ele à espera que ele falasse, enquanto sorria que nem uma parvinha.

Depois de caminharmos o caminho inteiro agarrados e a rir às gargalhadas lembrei-me.
- Tive uma ideia! - disse fazendo uma pausa para me rir. - E se fosse-mos estrear a minha linda e nova cama? - continuei a rir-me e não esperei para resposta. Caminhei para o meu quarto desta vez acertando à primeira na porta certa. Atirei-me para cima da cama.
- Super molinha, anda Jess! - disse abrindo os braços e esperando por ela.

Depois dele se atirar para cima da cama deu-me uma vontade enorme de rir.
Descalcei os ténis e atirei-me para cima dele.
- Sabes Ed? Estou cheia de calor! - disse deitando-me na cama ao lado dele e abanando-me com a mão. - Não tens?- perguntei tirando a T-shirt e os calções ficando apenas de langerie preta.
Sorri - Não tens de ter vergonha somos gente crescida! - voltei a atirar-me para a cama.

-Tens razão, está um calor aqui! - descalcei os sapatos com o auxilio dos pés e despi as calças de um modo desajeitado, por fim despi a t-shirt.
Parei a olhar para o seu corpo, era perfeito, mas não estava na melhor condição para o apreciar.
- SOMOS SUPER CRESCIDOS! - disse fartando-me de rir logo a seguir.

Fiquei a vê-lo a despir-se ajudando-o depois a tirar a T-shirt. Atirei-a para o monte da nossa roupa.
Passei o dedo indicador pelos abdominais dele e depois encostei-me no peito dele.
- Se todos os serial killers fossem como tu as raparigas não se importariam de ser vitimas. - dei uma gargalhada.

Desatei-me a rir e virei-me para ela.
Passei um dedo pela sua barriga e disse praticamente o mesmo.
- Se todas as cobras forem assim, não me importo de ser mordido... - disse e mordi o lábio seguido de uma enorme gargalhada.

Fiquei arrepiada quando ele passou o dedo pela minha barriga.
- Eu sou uma cobra boazinha! - disse dando uma enorme gargalhada.
Levantei a cabeça do peito dele e dei-lhe uma mordidela no pescoço.
- Pronto já foste mordido por uma cobra!
As nossas caras estavam muito próximas. Quando dei por mim já estava colada aos lábios dele.
Afastei-me e dei uma gargalhada.
- Desculpa! Parece que sempre sou uma cobra mazinha.

Jess mordeu-me o pescoço fingindo ser uma cobra. - Gostei da experiência.. - disse e ri-me.
Conseguia sentir a sua respiração bem próxima da minha, e depois os nossos lábios estavam colados.
Ri-me tal como Jessica. - Podes ser má às vezes... é bom! - voltei a rir-me.
Voltei a aproximar-me dela sem saber o que estava a fazer e voltei a cola-los. - Assim não és só tu a mazinha...- dei uma grande gargalhada e encostei a cabeça na almofada. Senti os olhos ficarem pesados e bocejei. - Até amanhã cobrinha má. - sorri e acabei por fechar os olhos e adormecer.

Dei uma enorme gargalhada depois de nos beijármos outra vez. Desta vez a conbra má tinha sido ele!
- Até amanhã killer. - sorri.
Voltei a deitar a cabeça no peito dele e apesar de não ter sono, rapidamente senti o meu corpo mole.

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Quando acordei parecia que tinha um desfile a passar pela minha cabeça. Grunhi qualquer coisa e voltei a deitar a cabeça. No peito de alguém. Fechei os olhos com força.
No peito de alguém?!
Voltei a levantar a cabeça. Ed? Pelo menos parecia ele mas mal conseguia ver alguma coisa.
Cai da cama e fui de gatas até ao meu quarto. Fui até a uma das gavetas da mesinha de cabeceira e tirei uns comprimidos. Tomei um com a garrafa de água que tinha em cima da mesa e levei as duas coisas de novo até ao quarto do Ed.
Pousei as coisas no chão e subi para a cama com alguma dificuldade.
- Ed? - abanei-o.

Acordei com alguém a abanar-me e a chamar por mim. Mal abri os olhos fui brindado com uma enorme dor de cabeça.
- Jess?! - disse espantado ao vê-la apenas em roupa interior, olhei o meu corpo e apercebi-me que não era só ela. Rápidamente reparei no monte de roupa que ocupava uma parte do chão do quarto.
Levei a mão à cabeça esfregando-a, não só para tentar acalmar a pontada de dor mas para ver se me conseguia lembrar de alguma coisa. Nada. Sentei-me na cama encostando as costas à parede fria, arrepiei-me e olhei-a assustado.- Que aconteceu aqui?

- Não faço a minima.
Peguei na garrafa e nos comprimidos e estendi-lhos.
Quando ele tomou um comprimido reparei que ele estava de roupa interior.
Olhei para um monte de roupa no chão onde estavam os meus calções e a minha T-shirt. Olhei para a minha falta de roupa também.
OMG... Nós tinhamos...?
- Achas que...

Tomei o comprimido que Jess me dera.
- Não faço a mínima... - murmurei.
Fomos envolvidos por um silêncio constrangedor. Vesti a minha t-shirt e voltei a sentar-me na cama. Deixei escapar uma ligeira gargalhada de embaraço. - Isto não coisa de gente crescida.. - olhei-a acanhado. Odiava quando isto acontecia, uma noite divertida e uma manhã sem me lembrar de nada. Pensei na ideia de ter acontecido alguma coisa entre mim e a Jess. Era praticamente impossível, tinhamo-nos conhecido naquele mesmo dia, eu não era desse tipo a não ser mesmo que a bebedeira tenho sido tanta para o fazer.

Dei uma gargalhada com aquilo que ele disse.
Fui até ao monte de roupa e vesti-me. De seguida voltei a sentar-me na cama.
Nunca me tinha acontecido uma coisa assim.
- De certeza que não aconteceu nada. - disse sorrinda e tentando parecer segura. Ou aconteceu?

É... não deve ter acontecido... - disse e olhei-a envergonhado.
Não consegui evitar e escondi a cara na almofada desatando às gargalhadas. Uma característica minha, sempre que estava extremamente envergonhado não conseguia disfarçaras gargalhadas.
- Bom.. e agora? - disse tentando acalmar-me.

Mordi a lingua quando o ele tapou a cara com a almofada. Tão fofo.
Tipo... a sério? Não te lembras do que aconteceu na noite anterior e agora estás assim? Por favor Jess...
Deitei-me de costas na cama e fiquei a olhar para o tecto.
- Agora... agora acho que nos deviamos comportar como se nada tivesse acontecido. Quer dizer... nem sabemos se aconteceu alguma coisa... Agora devemos pensar que a noite acabou depois daqueles shots e que depois disso não aconteceu nada, já que não temos memória dessa parte da noite...

Ri-me com a forma atrapalhada de Jess falar.
- Sim.. acho a decisão mais acertada. - disse mirando o tecto também. Do nada atirei-lhe uma pequena almofada à cara. - Eu bem queria ter bebido só o meu rico suminho de laranja óh! Sua cobra má que gosta de influenciar pobres pessoas bondosas para o caminho da desgraça! - brinquei e fiz-lhe cócegas.

Dei uma gargalhada com o que ele tinha dito.
Depois comecei a rir-me e a controcer-me quando ele me fez cócegas.
- Pronto! Da próxima vez só bebemos suminhos! - disse entre gargalhadas.

- Sim.. é bem mais conveniente. - pousei de novo a mão na cabeça tentando acalmar a dor com a minha mão fria.
- Além de não ficarmos cheios de dores de cabeça, temos consciência do que aconteceu. - ri-me mais uma vez e voltei a deitar-me suspirando.

- E já não está tão mal. - levei a mão à cabeça também. Os comprimidos estavam a fazer efeito.
Dei uma gargalhada.
- Não me lembro de uma parte da noite, mas não me divertia tanto há muito tempo. E podia ter sido pior! Podiamos aparecer sem dedos ou a faltar um de nós. - disse com uma gargalhada lembrando-me do filme "A Ressaca".